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Zoológico de Goiânia reproduz espécie ameaçada de extinção

O Zoológico de Goiânia (Zoo Gyn) ganhou nos últimos meses 16 novos integrantes. Além de sete animais que nasceram na unidade de conservação, outros nove foram transferidos do Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para o parque. O destaque fica para o nascimento de duas onças-pintadas, quatro cervos dama e uma arara-canindé. Já os que foram transferidos são quatro quatis, duas cobras (cascavel e jararaca), uma suçuarana, uma jaguatirica e um tamanduá bandeira.

“Ficamos extremamente felizes com esses nascimentos, principalmente dos filhotes de onças-pintadas, pois o nosso trabalho está contribuindo para a manutenção de uma espécie ameaçada de extinção”, comenta o presidente da Agência Municipal de Turismo, Eventos e Lazer (Agetul), Ronaldo Vieira. Hoje, 438 animais que integram o plantel do Zoológico e desses 196 nasceram no parque, localizado na Alameda das Rosas, no Setor Oeste. 
Conforme o supervisor-geral do Zoológico, Raphael Cupertino, a reprodução em cativeiro é um processo complexo que envolve dieta adequada, boa adaptação ao recinto e “química” entre o casal. Além disso, muitos animais que chegam aos zoológicos já estão com idade avançada e não conseguem mais reproduzir. “Por conta de todos esses aspectos e muitos outros, comemoramos os nascimentos desses filhotes que nos próximos dias já estarão em exposição”, afirma.
A supervisora técnica do Zoo Gyn, Rita Figueiredo, explica que o enriquecimento dos recintos auxilia muito no resultado do trabalho que é executado pelos técnicos e trabalhadores operacionais da unidade de conservação, que é aberta ao público de terça-feira a domingo das 8h às 17h.
Sobre o tratamento dado aos animais, Raphael Cupertino, que é médico veterinário, explica que todos ficaram em observação e aos cuidados dos servidores do Zoológico e passam muito bem. “Apesar de comemorarmos todos os nascimentos, o dos filhotes de onça-pintada é muito especial, uma vez que é um animal ameaçado de extinção e considerado o maior felino da fauna brasileira”, cita.
A equipe comemora também o fato de um exemplar ser melânico. Ele nasceu com uma pelagem da cor preta e que é mais difícil de aparecer entre os filhotes, pelo fato de ser um gene recessivo. “Nascer com essa pelagem já é extremamente raro e quando isso ocorre em cativeiro, o fato é mais raro ainda”, explica. Os cuidados da mãe foram essenciais para a sobrevivência dos filhotes. “Eles ainda estão com mãe e recebem muito carinho dela”, conclui.
Já os filhotes de suçuarana, jaguatirica e tamanduá bandeira, são órfãos e graças a ida para Cetas, sobreviveram. “Aqui no Zoo, a filhote de tamanduá está recebendo quatro mamadeiras por dia. O nosso objetivo é a conservação das espécies. É uma das principais funções dos zoológicos. Além disso, esses animais não poderiam ser reintroduzidos na natureza e aqui têm uma boa condição de vida, recebendo cuidados especiais diariamente”, completa.
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