O pré-candidato a prefeito de Goiânia pelo PSB, Vanderlan Cardoso, propôs esta semana uma ampla união entre prefeitura, Estado, corporações, Ministério Público, Poder Judiciário e sociedade civil organizada para enfrentar a escalada da criminalidade na capital. O empresário visitou a União Goiana dos Policiais Civis (Ugopoci) para discutir ideias que possibilitem integrar a corporação e a municipalidade em ações efetivas no combate à violência.
“Eu não acredito em uma solução para a segurança pública sem a união de todas as forças e da sociedade. Foi assim que resolvemos o problema em Senador Canedo”, disse o pré-candidato, que foi prefeito na cidade da Grande Goiânia entre 2005 e 2010. No município, Vanderlan ofereceu estrutura física e humana às polícias Civil e Militar, custeando a reforma e construção da delegacia e o pagamento de horas extras para os policiais.
Também fomentou uma ampla integração entre o poder público municipal, os conselhos de segurança dos bairros, entidades de administração da Justiça e as polícias para discutir o tema e propor o modo de atuação. Além de investir em trabalho, educação, esporte e cultura. “Segurança Pública não se faz apenas com bala e prisões. A prefeitura precisa dar alternativas para o cidadão, oferecer caminhos para não ingressar no crime”, explica.
Vanderlan propõe para a capital uma solução semelhante. O projeto do pessebista é criar o Conselho de Segurança Pública de Goiânia, que será presidido pelo próprio prefeito, convidando à participação as forças de repressão, as instituições públicas nos três poderes, os consegs e as entidades de classe criando um grande fórum consultivo que vai, num primeiro momento, conscientizar a sociedade para a gravidade do problema e mobilizar a população para seu enfrentamento; depois, propor ações concretas e o modo de financiamento compartilhado, dentro das limitações legais do município, das ações de segurança pública. Além de investir maciçamente na educação, no esporte, na cultura e na geração de emprego.
Vanderlan compreende que essa união de todos é fundamental para atacar o problema no curto prazo. Ponderou, no entanto, que uma solução definitiva para o problema da segurança somente virá com a transferência dessa atribuição para as prefeituras.
“O prefeito e o vereador são aqueles que estão mais próximos das demandas da população, que sentem o pulso da cidade. E, atualmente, a seriedade da questão da violência impõe que o prefeito, como líder máximo da cidade, traga a responsabilidade desse problema para si. É, moralmente, o mínimo que pode fazer, já que legalmente não é função do município. A Federação precisa redistribuir atribuições e a União transferir os recursos para a gestão da segurança aos prefeitos. O Estado hoje tem demandas demais para atender e tem falhado nesse quesito”, avaliou o pré-candidato.
Vanderlan ouviu do presidente da Ugopoci, o policial civil José Virgílio, que estava acompanhado de diretores da entidade, que de 1990 para os dias atuais a população de Goiás saltou de 3,4 milhões de habitantes para estimados 6,4 milhões e o efetivo da Polícia Civil, em oposição, foi reduzido praticamente à metade. ‘É simplesmente elementar e previsível que chegássemos à situação que estamos hoje”, denunciou.
Já Vanderlan criticou a falta de uma política eficiente para o sistema prisional, que acaba por tornar as delegacias depósitos de presos, impedindo os policiais de fazer investigação para ficar postados nos distritos vigiando detentos.