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“Vamos trabalhar muito para definir onde podemos convergir”, diz Marconi sobre proposta de ampliação de relações comerciais com Paraguai

  Em entrevista coletiva após encontro com presidente Horacio Cartes, governador fala sobre futuro das relações de Goiás e do Brasil Central com o país sul-americano
 
 O governador Marconi Perillo encerrou, na tarde desta quarta-feira, a Missão Comercial do Governo de Goiás ao Cone Sul, com intensa agenda de trabalho em Assunção, capital do Paraguai. Marconi esteve no Ministério das Relações Exteriores, se encontrou com o presidente da República, Horacio Cartes, e comandou o seminário sobre oportunidades de negócios entre Goiás e o Brasil Central com o país sul-americano. Em entrevista coletiva à imprensa do Paraguai, o governador falou sobre o encontro com o presidente, a economia de Goiás e dos Estados que compõem o Consórcio Brasil Central e das perspectivas para o futuro das relações bilaterais.
"Tive uma reunião muito produtiva com o chanceler, onde tivemos a oportunidade de discutir vários pontos de complementaridade entre o meu Estado, a minha região do Brasil Central, com este extraordinário país, e agora uma longa conversa com o presidente da República, Cartes", disse o governador aos jornalistas, em entrevista na Residência Oficial do presidente. "A palavra entre o Brasil e o Paraguai deve ser sempre a complementaridade. Não se trata aqui de querer vender mais ou comprar mais", afirmou o governador de Goiás, que chegou a ser questionado sobre uma eventual candidatura à Presidência do Brasil. Leia a íntegra as respostas do governador às perguntas da imprensa do Paraguai.
 
 
"Goiás inova na produção"
Goiás tem hoje o que há de mais avançado em termos de tecnologia da inovação na agricultura, na pecuária e também na mineração na produção de commodities. Mas essa integração tecnológica extraordinariamente avançada faz com que hoje nós possamos ter muito maior produtividade e competitividade. A cada dia que passa, com o emprego dessas tecnologias novas, podemos utilizar mais áreas degradadas para produção alimentícia.
 
"Vamos atuar com foco para definir onde podemos convergir"
Tive uma reunião muito produtiva com o chanceler, onde tivemos a oportunidade de discutir vários pontos de complementaridade entre o meu Estado, a minha região do Brasil Central, com este extraordinário país, e agora uma longa conversa com o presidente da República, Cartes, na presença do chanceler, do nosso embaixador, do ministro da Indústria e o presidente da Federação da Indústria de Goiás, avançamos ainda mais nessa agenda. A palavra entre o Brasil e o Paraguai deve ser sempre a complementaridade. Não se trata aqui de querer vender mais ou comprar mais. 
 
"O Paraguai está em boas mãos"
O Paraguai oferece uma política fiscal e tributária extremamente atraente. Vamos atuar com muito foco, de maneira muito pragmática, para que possamos definir onde e como é possível nos juntar, convergirmos mais, para que a gente possa ter mais desenvolvimento e mais geração de empregos. Outra palavra muito dita pelo presidente Cartes é a palavra emprego e essa é também uma meta nossa. O Paraguai está em boas mãos. Agora pouco estive com o chanceler do Paraguai, com quem tivemos uma ótima conversa sobre o futuro das relações bilaterais entre Goiás, o Brasil e o Paraguai.
 
"Será uma honra receber o presidente do Paraguai em Goiás"
Tive a honra de convidar o presidente Cartes a fazer uma visita ao Estado de Goiás quando da sua ida a Brasília, já que Goiás está muito perto de Brasília, para falar dos seus planos, das suas políticas de desenvolvimento econômico, para uma grande plateia que será convidada por mim, pelo Fórum Empresarial, especialmente pela Federação das Indústrias de Goiás. Será uma ótima oportunidade para que ele possa apresentar esse Paraguai desenvolvido, esse Paraguai que está buscando crescer muito acima da média mundial nesses últimos anos.
 
"Quero concluir bem meu quarto mandato como governador"
Estou concluindo meu quarto mandato como governador do Estado. São dezesseis anos, intercalados por um período de quatro anos, em que fui Senador da República. Penso agora em concluir bem esse último mandato e depois ver como posso contribuir com o Brasil. Provavelmente, e isso ainda não estar certo, como presidente nacional do meu partido, o PSDB. 
 
"Goiás cresceu extraordinariamente porque os goianos se apresentaram ao mundo"
Vou continuar insistindo para que os goianos sejam cada vez mais agressivos e se apresentem ao mundo, porque as oportunidades existem. Se nós conseguimos crescer extraordinariamente nos últimos 18 anos as exportações, o PIB, a balança comercial, os empregos, foi porque nós somos agressivos. Visitamos os países, trouxemos investimentos e vendemos nossos produtos para mais de 150 países ao redor do mundo.
 
"Já vamos promover rodadas de negócios com ministros"
Daqui a 15 dias, o ministro da Indústria e Comércio [do Paraguai] estará enviando uma missão comercial até Goiás. Uma missão técnica, para que a gente possa conversar quais são os focos, os pontos de convergência entre Goiás e o Paraguai. Quatro ou cinco assuntos que serão estudados. Depois disso, o ministro deverá ir a Goiás, levando uma missão empresarial. Vamos fazer rodadas de negócios objetivas. 
 
"Apoio dos embaixadores foi decisivo"
Tivemos o apoio, nas três missões que fizemos, no Uruguai, Argentina e Paraguai, o apoio decisivo dos nossos embaixadores, que são altamente competentes, profissionais. Eles e suas equipes nos ajudaram muito. Além do que, tivemos apoio dos embaixadores acreditados em Brasília, do Uruguai, Argentina e Paraguai, que também deram uma grande importância a essa missão.

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