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Ronaldo Caiado medidas restritivas mais rigorosas em relação a pandemia

A adoção de medidas restritivas mais rigorosas para a contensão da expansão do corona vírus no estado foi o tema de debate promovido pelo governador Ronaldo Caiado, através de vídeo conferência em reunião convocada de emergência, que contou com as participações de quase 200 prefeitos e com mais de três horas de duração. O relaxamento do isolamento social e o aumento do número de contaminados com o crescimento de casos em algumas cidades que atingiram um grande índice e ligando o sinal de alerta, fez com que aumentasse também o grau de preocupação. Tanto por parte do Governo do Estado quanto pelos prefeitos. Atualmente, segundo o governador Ronaldo Caiado, a situação está mais crítica, “com o sinal de alerta ligado”, nas cidades de Águas Lindas, Anápolis, Aparecida de Goiânia, Goiânia (que possui mais de 50% dos casos de infectados), Jataí, Luziânia, Santo Antonio do Descoberto, Valparaíso, Senador Canedo, Trindade e Uruaçu.

O governador mostrou-se muito preocupado com a situação e alertou que as medidas as serem adotadas devem ser seguidas por todos. ”Precisamos do empenho de todos os prefeitos para que elas sejam cumpridas. Não podemos deixar a situação na base do salve se quem puder”. Para tanto sugeriu que haja um rigor maior quanto ao isolamento “permitindo o funcionamento apenas de supermercados, panificadoras e farmácias”.

Durante o debate os presidentes da AGM, Paulo Sérgio de Rezende, e da FGM Haroldo Naves, emitiram suas opiniões. Paulinho, de imediato, hipotecou apoio a proposta do governador tomando por base a gravidade da situação. Aproveitou para criticar a atitude adotada pelo Presidente da República, que abertamente não cumpre e nem propaga as recomendações das autoridades da saúde. “O que for determinado pelo Governo nós vamos cumprir. É importante e necessária a união de todos”, salientou Paulinho. Haroldo Naves concordou com a proposta e conclamou os municípios a se unirem.

Ronaldo Caiado garantiu que a Polícia Militar e a Segurança Pública vão atuar “de forma rigorosa” para o cumprimento das normas. Entretanto, vários prefeitos reclamaram que uma das dificuldades do isolamento social é a desobediência de parte da população e a falta de policiais para garantir o cumprimento das medidas.

Prefeitos apoiam, mas demonstram preocupação

Todos os prefeitos tiveram oportunidade de opinar sobre o assunto. Todos concordaram em adotar as medidas a serem anunciadas pelo governo através da assinatura de um novo decreto que vai ocorrer em breve. Mas, se por um lado há preocupação dos gestores quanto aos riscos da expansão da doença, por outro, também se mostram muito preocupados com o fator social. “Muitas pessoas perderam seus empregos, outras são trabalhadores autônomos e estão parados. Já distribuímos 15 mil cestas básicas de alimentos e vamos adquirir mais 30 mil”, afirmou o prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha. Rogério Troncoso, prefeito de Morrinhos, sugeriu que as medidas sejam menos rigorosas nas cidades onde não há ou que o índice de contaminação seja baixo. Evandro Magal, de Caldas Novas, relatou a dificuldades de controle da chegada de pessoas de outros Estados, uma vez que a cidade é turística. O prefeito de Goiânia, Iris Rezende, disse que “sempre cumprimos as determinações do Governo Estadual e vamos continuar assim”.

Atual situação

Ao iniciar a reunião o Secretário de Desenvolvimento Econômico e Inovação, Adriano Rocha Lima, fez uma explanação da atual situação. Em resumo, Goiás apresenta um dos menores índices de contaminação e de mortes do país, devido as medidas restritivas adotadas de início. Entretanto, o índice de isolamento que era o maior do país hoje é o menor o que aumenta o grau de preocupação uma vez que está comprovado que o índice de contaminação pela Covid 19 é inversamente proporcional ao isolamento social. “Houve uma redução muito grande do isolamento há duas semanas e a partir de agora é que devem surgir os efeitos negativos”, pontuou.

No dia 26 de abril o índice de isolamento em Goiás já havia caído para 54,81%. Dia 3 de maio chegou a 51,58% e no dia 9 do mesmo mês apenas 37,28%. Na Capital as preocupações das autoridades da saúde estão centralizadas no transporte coletivo, local considerado propício para a proliferação do vírus devido a grande aglomeração. O sistema, em dias normais, transporta uma média 200 mil pessoas/dia. No último dia 1º foram 36 mil/dia e hoje chegou a 73 mil passageiros/dia.

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