A vereadora Priscilla Tejota (PSD) levantou questionamentos ao prefeito Iris Rezende (MDB) sobre o contínuo descaso com a saúde pública do município de Goiânia. As indagações foram feitas durante a prestação de contas do chefe do Executivo, referente ao último quadrimestre de 2018, na manhã desta segunda-feira (25), na Câmara Municipal de Goiânia.
“O prefeito afirmou que foram investidos cerca de 19% da receita do município na área da saúde e que ampliou o atendimento, mas a realidade que o goianiense vivencia é um pouco diferente“. A parlamentar rebateu as informações anunciadas por Iris Rezende e elencou diversos problemas enfrentados pela população, em recente visita feita por ela na unidade de saúde do Jardim Guanabara. “No Cais do Jardim Guanabara, presenciei uma gestante que ficou sem atendimento adequado para a sua necessidade e teve que ser encaminhada de volta para casa, por falta de medicamentos e de insumos no gabinete odontológico. Os Programas de Saúde da Família (PSFs) da região Leste estão funcionando, em grande parte, sem médicos, apenas com as equipes, o que tem causado um transtorno grave para os Cais que ficam lotadas”.
A parlamentar questionou também a demora da reforma do Cais do Jardim América, fechado há mais de um ano para ter transformado em Unidade de Pronto Atendimento (UPA). “Era para ter sido entregue no prazo de seis meses, segundo anunciado pelo prefeito em prestação de contas anterior. A obra continua praticamente parada, é um descaso com a população. Todos nós sabemos da importância daquele posto para a comunidade da região. As obras paralisadas em Goiânia estão fazendo aniversário”, criticou. Ainda em sua fala, Priscilla indagou ao prefeito a falta de acessibilidade e má qualidade do transporte público da capital oferecido aos goianienses.
Dívidas
Outra questão discutida pela vereadora Priscilla Tejota foi o projeto de lei encaminhado à Câmara pelo paço, no início do mês de fevereiro, que dispõe sobre a renegociação de dívidas da prefeitura de Goiânia com credores. A parlamentar foi autora de uma emenda modificativa que estabelece alguns critérios a respeito da renegociação, como o parcelamento dos débitos em até vinte e duas parcelas e a aplicação de multa de 10% em caso de inadimplência. “O projeto estabelece a possibilidade da prefeitura parcelar dívidas empenhadas no ano de 2017, mas o texto não especifica os valores dessas dívidas, se são dívidas existentes da atual gestão ou se é apenas uma possibilidade da renegociação”, argumentou. ‘Um dos compromissou do prefeito Iris foi o de não deixar dívidas de seu governo para o próximo gestor”, lembrou Priscilla.
