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Para vereador, Enel não foi clara sobre melhorias no atendimento ao público

“Os representantes da Enel não foram claros sobre a estratégia que vai adotar para melhorar o atendimento ao público em Goiânia e nem sobre uma lei que existe e que até agora não foi cumprida pela concessionária de energia”, avaliou o vereador Álvaro da Universo (PV) sobre a audiência pública realizada na tarde de quarta-feira, 27, na Câmara Municipal de Goiânia.
A audiência tinha o objetivo de debater a qualidade dos serviços prestados pela Enel na capital e para cobrar da empresa o cumprimento da Lei nº 10.206/2018, que obriga tornar subterrâneo todo o cabeamento de transmissão de energia de alta tensão. A lei, de autoria do então vereador (hoje deputado federal) Elias Vaz, promulgada em julho do ano passado pelo prefeito Iris Rezende, estabelece que a Enel tem 20 anos para conclusão da obra, sendo obrigada a cumprir com pelo menos 5% de seu total por ano. Nada, porém, foi feito até agora. “Vou continuar cobrando o cumprimento da lei”, afirma Álvaro.
O diretor institucional da Enel, Humberto Eustáquio disse que a empresa tem uma política de isenção de tarifas para a população carente do estado, respeito ao meio ambiente e que fez uma antecipação de investimentos na ordem de R$ 1,5 bilhão em Goiás. “A Celg investia por ano cerca de R$ 270 milhões”, afirmou. Quanto ao cabeamento subterrâneo, ele explicou que a obra não traria benefícios a todos os consumidores goianos e teria de ser feita de uma vez , mas que a conta seria paga por todos os consumidores em Goiás, mesmo trazendo benefícios a apenas uma parcela da população de Goiânia.  Segundo ele, a judicialização do tema impede que a empresa cumpra a lei municipal.
“Nossa preocupação é otimizar os investimentos. Esperamos que eles nos garantam fornecimento de energia em quantidade e em qualidade”, comentou o representante da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), Célio Eustáquio. Para o representante da Federação do Comércio do Estado de Goiás (Fecomércio), Marduk Duarte, o setor produtivo não pode sofrer com interrupção dos investimentos em energia elétrica. Parte do setor tem buscado alternativas para gerar a própria energia.
O delegado Luziano Severino de Carvalho, titular da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes contra o Meio Ambiente (Dema), disse que passa da hora de promover o enterramento da rede de distribuição de energia elétrica em Goiânia. Ele defende a eliminação do excesso de fios nos postes e acredita que não falte um plano de manejo de poda de árvores pela Enel, mas a falta de planejamento na arborização e urbanismo da capital. “Inadequado pode ter sido o plantio”, argumenta.
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