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Operação Integrada do Uso Racional da Água reforça equipes na fiscalização no Meia Ponte

O Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), Polícia Militar e Corpo de Bombeiros, intensificou, nesta terça-feira (10/09), as ações para manter o equilíbrio na vazão do Rio Meia Ponte. A Operação Integrada do Uso Racional da Água realizou, durante todo o dia, fiscalização de propriedades ao longo da bacia com a determinação de aplicar medidas punitivas que vão desde lacres até apreensões de bombas dos infratores. A atividade visa evitar o racionamento do uso de água e vai continuar até a chegada do período de chuvas.

Por determinação do governador Ronaldo Caiado, o trabalho de fiscalização foi reforçado nesta terça-feira com o aumento de equipes de fiscais em campo, uso de drones, aeronaves e embarcações de forças de segurança pública. A meta é o integral cumprimento da portaria 179/2019, da Semad. O Governo de Goiás faz um veemente alerta aos produtores que utilizam irrigação para não efetuá-la durante o dia e para que atendam, estritamente, aos limites da outorga reduzida em 50%. Os resultados parciais da Operação Integrada do Uso Racional da Água serão apresentados na quinta-feira (12/09) pela secretária estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), Andréa Vulcanis, durante entrevista coletiva.

As ações da Operação Integrada do Uso Racional da Água foram coordenadas, nesta terça-feira, pelo superintendente de Proteção Ambiental e Desenvolvimento Sustentável da Semad, Robson Disarz, comandante do 1º Batalhão da Polícia Militar Ambiental, Geraldo Pascoal Soares Neto, e pelo assessor de Comunicação do Corpo de Bombeiros, tenente-coronel Fernando Caramaschi. Eles concederam entrevista coletiva durante a saída das equipes, na Estação de Captação de Água da Saneago, Fazenda São Domingos, no bairro homônimo.

Pela manhã, as equipes saíram para a fiscalização diante de mais um registro preocupante: a vazão do Rio Meia Ponte registrou, às 7h, 2.300 litros por segundo, outra vez abaixo da média (durante 23 dias, desde 14 de agosto, se manteve estável em 2.700 l/s).  “Todo o uso da água da bacia está sendo monitorado, sendo passível de fiscalização pelas equipes, e só vamos parar após o retorno das chuvas e com a estabilização da vazão do rio”, informa Robson Disarz (Semad).

O comandante do 1º Batalhão da Polícia Militar Ambiental, Geraldo Pascoal Soares Neto, observa que o primeiro passo foi fazer um trabalho de orientação com todos os produtores e donos de indústrias que retiram água no Meia Ponte para que cumpram a legislação em vigor. “Não houve retorno positivo, então temos que endurecer. Vamos coibir. Se for o caso, fazer autuações e até lacre de bombas”, adverte.

Na segunda-feira (09/09), durante maratona de entrevistas a veículos de comunicação, a secretária de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), Andréa Vulcanis, reafirmou que a meta é a autorresponsabilidade para evitar o racionamento que representa transtorno para a população. “A gestão da crise é no dia a dia”, disse. “Já não é mais hora de orientar, de aplicar somente multas. Vamos ter de realizar ações mais duras e apreender bombas”, alertou.

No último balanço, a Semad tinha aplicado 15 multas e notificado 200 propriedades ao longo da bacia do Meia Ponte, que reúne nove municípios. “Nós sabemos que o período está muito crítico, mas agora é hora de um esforço coletivo na cidade e no campo”, diz a secretária. “O limite estabelecido pelo Comitê da Bacia do Meia Ponte para iniciar o racionamento é de 1.500 l/s. Por isso, faremos um monitoramento firme para que os números se sustentem até a chegada das chuvas”, conclui.

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