O Ministério Público Federal em Goiás reuniu-se ontem (13) com representantes da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC/GO) e com o delegado da Polícia Federal (PF) James Gomes Soliz para discutirem a suspensão do vestibular para ingresso, em 2016/2, no curso de medicina daquela instituição de ensino superior (IES).
A universidade optou por suspender o certame até a conclusão de investigações internas iniciadas a partir de suspeita de fraude ocorrida no vestibular de novembro do ano passado, que resultou na prisão, pela PF, de dois estudantes de medicina da PUC/GO. Os alunos são investigados por repassar informações da prova a pretensos candidatos.
Na reunião, a procuradora da República Mariane Guimarães esclareceu sobre as preocupações do MPF/GO quanto a eventuais prejuízos que poderiam sofrer os candidatos em razão da suspensão do vestibular e das consequências que acarretariam aos alunos já ingressos na IES. Os representantes da PUC/GO comprometeram-se a solicitar, em juízo, o compartilhamento de informações já obtidas pela PF a fim de concluir suas investigações internas.
O MPF/GO recomendou, ainda, que na impossibilidade de realizar novo vestibular sejam utilizadas as notas do ENEM para o preenchimento das vagas, a fim de não prejudicar os estudantes, e que, no prazo de 10 dias, a PUC/GO informe se, diante das informações obtidas com a PF, pretende ou não reconsiderar a decisão de suspender o vestibular ou utilizar as notas do ENEM.