O Comitê do Programa Goiás de Resultados e a Diretoria Geral de Administração Penitenciaria do Estado de Goiás (DGAP) estão trabalhando na arrecadação de materiais para impulsionar a fabricação de máscaras usando a mão-de-obra carcerária. Somente nas últimas semanas, foram arrecadados seis mil metros de tecido TNT.
Essa quantidade possibilita a fabricação de mais de 160 mil máscaras de proteção para os servidores que estão atuando diariamente na linha de frente no combate ao coronavírus. Por intermédio da Diretora Administrativa da Junta Comercial de Goiás, Eliene Feitosa, empresários e pessoas físicas doaram uma quantia que ultrapassa R$ 5 mil.
A iniciativa de ressocialização desenvolvida pelo programa Goiás de Resultados em parceria com a DGAP está acontecendo nas Unidades Prisionais de Aparecida de Goiânia, Luziânia, Orizona e Quirinópolis. A expectativa é de que, diariamente, os detentos confeccionem cerca de 500 máscaras em cada unidade.
O gerente de Produção Agropecuária e Industrial (Gepai) da Superintendência de Reintegração Social e Cidadania (Supresc), Moacir Ferreira, pontuou que todos os presos envolvidos nas atividades de ressocialização serão beneficiados com a remissão da pena por tempo de trabalho, conforme indica a Lei de Execução Penitenciária (LEP). Ao todo, são cerca de 40 presidiários trabalhando na confecção das máscaras em todo o Estado de Goiás.
Nessa segunda-feira (30), o ITEGO Irtes Alves C Ribeiro, em Jaraguá, divulgou que mil metros de tecido TNT foram cortados no instituto. O material será usado pelos detentos para que a confecção de exatamente 27.216 máscaras que vão ser distribuídas para os servidores da 7ª Regional Prisional Norte.
No último fim de semana, mil máscaras foram entregues à 4ª Coordenação Regional Prisional da DGAP, que irá distribuir para as Unidades Prisionais de Catalão, Ipameri, Pires do Rio, Pontalina, Bom Jesus de Goiás, Joviânia, Morrinhos, Piracanjuba, Silvânia, Vianópolis, além do Grupo de Intervenção Tática da DGAP na região.
GESTÃO
O Comitê do Programa Goiás de Resultados, coordenado pelo vice-governador Lincoln Tejota, se antecipou à chegada do coronavírus ao estado e procurou a DGAP para desenvolver atividades que aproveitassem a mão-de-obra carcerária durante a pandemia.
Sem a iniciativa do Programa Goiás de Resultados, o Governo de Goiás teria que desembolsar R$ 2 por cada máscara. No entanto, contando com a mão-de-obra carcerária e apoio do setor privado e prefeituras, as máscaras fabricadas dentro dos presídios estão custando apenas R$ 0,75.
