Para reafirmar o tom republicano e demonstrar que as portas do Palácio das Esmeraldas estarão sempre abertas às próximas administrações municipais, o governador Marconi Perillo anunciou hoje, durante entrevista a emissoras de rádio do Sudeste do Estado, que inicia em novembro maratona de audiências oficiais aos prefeitos eleitos. A previsão, segundo ele, é que sejam recebidos 100 dos 246 novos gestores, antes da virada do ano. As audiências prosseguirão em janeiro.
Antes de responder às perguntas dos repórteres, o Marconi cumprimentou os prefeitos eleitos de cada uma das cidades representadas: Catalão, Caldas Novas, Ipameri, Pires do Rio, Piracanjuba, Silvânia e Morrinhos. “Passadas as eleições, o clima de disputa tem de ficar para trás”, sublinhou ele, para quem a população não pode perder por causa de rixas políticas. “Perdedores devem colaborar com os vitoriosos”, defendeu.
Para o governador, mais do que nunca é preciso que haja o esforço de todos na perspectiva de “superação de problemas”. Aos jornalistas, enfatizou que sempre teve um relacionamento institucional da melhor qualidade com os prefeitos, independente de legendas partidárias. Neste atual mandato, o governador ressaltou que só não conseguiu estabelecer uma parceria institucional com apenas um prefeito, o de Guapó, apesar do esforço por uma parceria republicana. “Procurei trabalhar de forma convergente”, disse Marconi.
Para ele, o trabalho republicano deve visar sempre a solução dos problemas que afligem a população. Além de temas específicos de suas cidades, os repórteres o indagaram a respeito da política nacional. Um dos assuntos ventilados na entrevista foi a recente aprovação pela Câmara dos Deputados da PEC 241, que limita gastos no País. “O Brasil está à beira de virar uma Grécia”, alertou Marconi. Segundo ele, a aprovação da PEC 241 é indispensável para que o Brasil volte aos trilhos. “É preciso colocar definitivamente um freio na gastança”.
Na coletiva, argumentou que a situação de Goiás é bem melhor que a do País, mas a crise é a maior da história e muitos estados apresentam-se com um quadro de pré-colapso. “Quando o PIB cai 4%, a economia cai muito mais”, enfatizou. Ele disse esperar que o Senado tenha a mesma sensibilidade da Câmara dos Deputados e aprove a PEC 241, “porque senão o Brasil vai quebrar”.