Ações da campanha de Lúcio Flávio na última semana trouxe a realidade vivida durante a gestão nos últimos anos. O grupo que comanda a chapa Pra Frente OAB possui ações articuladas de marketing e mídia para produzir notícias falsas em desfavor de advogados e dos adversários.
Durante a gestão, Lúcio Flávio e seus jornalistas contratados, alguns que desempenharam funções na campanha e mandato de José Eliton e Marconi, trabalharam para desconstruir advogados que não concordaram com o modelo de gestão. O terrorismo na informação iniciou na matéria “Arapongagem na OAB”, em que afirma que quatro advogadas, conselheiras e membros da atual gestão, estariam gravando o presidente da Ordem em sua sala.
Após, a mesma mídia da OAB trabalhou para disseminar que conselheiros “tentam proibir Lúcio Flávio de visitar o interior”, quando na verdade foi interpelado o uso promocional e pessoal da máquina da OAB para visitar o interior, através do programa OAB OUVE LÚCIO FLÁVIO. “Eles nem disfarçaram no site que, ao lado direito da matéria, do blog, havia um anúncio da OAB/CASAG, ou seja, a OAB pagou para fazer aquela matéria”, afirma o Conselheiro Danúbio Cardoso.
Conselheiros e advogados tiveram seus nomes envolvidos em denúncias vazias através de blogs que faturaram milhões do governo estadual. De um lado advogados e dissidentes a Lúcio Flávio tiveram suas vidas expostas, com o objetivo de diminuir a oposição, enquanto o grupo de marketing e jornalistas da gestão de Lúcio Flávio faturou quase meio milhão de reais através de seus contratos e veículos de comunicação, recentemente denunciados.
“Eu fui vítima desses ataques, na mesma semana foi divulgado por um blog ligado ao governo do Estado, que faturou 1,6 milhões, que eu estava respondendo Ação Civil Pública e era proibido de contratar com o Poder Público, fato que foi amplamente divulgado e promovido nos grupos internos da OAB”, depois, tentaram criar factoides no Facebook, mas algum santo do grupo do Lúcio Flávio viu a bobagem que estavam fazendo, PARARAM, não ia prosperar, e logo a justiça me concedeu Liminar, mostrando a verdade, e o assunto caiu por terra. A Justiça já até julgou. O Blog foi condenado. Não prosperou. O rapaz que criou o Fakenews e divulgou matéria no Facebook suicidou logo depois”, disse o Conselheiro Danúbio Cardoso.
A vice-presidente da CASAG, a advogada Ana Lúcia Amorim teve seu nome envolvido em esquema de Arapongagem. Fabrício Abrão recebeu processos por parte do chefe de gabinete do presidente. O vice-presidente do TED foi vítima de notícia em blogs por causa de processos que correm em segredo de Justiça na Ordem. Bruno Pena sofreu representação por outro membro da chapa de Lúcio Flávio. Leon Deniz afirma que nem importa mais com tantas matérias produzidas contra a sua pessoa.
Na campanha para a sucessão, os ataques intensificaram. Em uma ação articulada, os mesmos veículos de comunicação, e o mesmo exército de redes sociais, divulgam que, em 2007, Pedro Paulo foi preso por causa de venda de Carteiras.
“Deixamos de ter um presidente que defende o advogado, para ter um que acusa”, disse a Conselheira e advogada Viviany Fernandes. Pedro Paulo requereu direito de resposta, mas que segundo advogados, não é realizado de forma equânime pelos veículos. “Os veículos de comunicação que receberam da OAB, quase todos estão envolvidos direta ou indiretamente com a campanha de Lúcio Flávio”, disse um advogado.
Pedro Paulo, segundo apresentado em documentos, na verdade, é o autor da denúncia que apurou irregularidades no processo de exame e seleção da OAB em 2007, e foi excluído pelo Ministério Público Federal, aceito pelo judiciário, da ação Penal. Mesmo assim, o marketing da campanha de Lúcio Flávio trabalhou de forma intensa o assunto, utilizando o exército das redes sociais e os mesmos veículos de comunicação.
No Estado de Goiás a farra acabou. O promotor de Justiça Fernando Krebs protocolou ação civil pública em desfavor de três desses veículos de comunicação que recebiam do governo para “falar mal dos adversários”. Em uma dessas ações, foi concedida liminar, com indisponibilidade dos bens dos envolvidos. “O marqueteiro da campanha, os jornalistas, a turma é a mesma da campanha de Marconi e Zé Eliton”, disse o Conselheiro Waldemir Malaquias.
O advogado Bruno Aurélio Pena demonstrou recentemente que existe um esquema de “mensalão da OAB” utilizando o dinheiro do advogado para pagar o Marketing e o marqueteiro da campanha de Lúcio Flávio. “São vários contratos com a OAB e a CASAG do mesmo grupo econômico em favor de rádios, jornalistas…” disse, Bruno Aurélio.
“Temos uma série de levantamentos de irregularidade de membros da chapa deles, em suas advocacias, de erros no exercício da profissão, crimes praticados, agressão contra mulher, procuradores que não trabalham, incorporações de salários indevidos em estatais, advogado que dá tiro em advogado, captação de clientes, assédio a secretárias e estagiárias, mas, não queremos entrar e não iremos entrar na vida pessoal dos candidatos e dos advogados, esse não é o tom que deve ser dado à campanha, criticamos a panela, mas de uma forma generalizada, a arrogância de Lúcio Flávio, mas enquanto no comando da OAB”, concluiu Waldemir Malaquias, afirmando que é crítico ao modelo de gestão adotado por Lúcio Flávio. “Não podemos usar a advocacia e o dinheiro da advocacia contra o advogado”, concluiu.
Marcelo Terto, procurador do Estado, que atualmente desempenha suas funções no Tribunal de Contas dos Municípios é o atual coordenador de Marketing da campanha de Lúcio Flávio.