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Juiz desmembra julgamento de réus e marca sessão do júri do acusado de ser o executor do homicídio de Valério Luiz

Foi marcado para o próximo dia 19 de fevereiro de 2020, a partir das 8h30, o julgamento do cabo da Polícia Militar Ademá Figueiredo, um dos acusados pela morte do radialista Valério Luiz de Oliveira. A sessão foi marcada nesta terça-feira (15) pelo juiz da 4ª  Vara dos Crimes Dolosos contra a Vida e Tribunal do Júri de Goiânia, Jesseir Coelho de Alcântara. O magistrado decidiu dividir em três sessões distintas o julgamento dos cinco denunciados de envolvimento no homicídio, que aconteceu no dia 5 de julho de 2012, quando Valério Luiz saía da rádio em que trabalhava, no Setor Serrinha, em Goiânia. Um motociclista se aproximou dele e disparou seis vezes.

O Ministério Público de Goiás denunciou os envolvidos ao Poder Judiciário no dia 27 de março de 2013. Seguindo a conclusão da polícia, a promotoria apontou que Maurício Sampaio foi o mandante do crime e que Urbano de Carvalho Malta contratou Ademá Figueiredo para matar o cronista. Ainda segundo o documento, o açougueiro Marcus Vinícius participou do planejamento do crime. Já o PM Djalma da Silva foi denunciado por atrapalhar as investigações da polícia.

Conforme a denúncia, o crime foi motivado pelas críticas constantes do radialista à diretoria do Atlético, da qual Maurício Sampaio era, na época, vice-diretor. O desentendimento entre os dois já durava dois anos. O documento destaca que os comentários geraram entre Sampaio e Valério Luiz “acirrada animosidade e ressentimento por parte do acusado”.

Desmembramento do julgamento

Na decisão de hoje em que marca o julgamento do primeiro réu, o juiz afirma que anteriormente foram feitas outras tentativas de marcação do júri popular. No entanto, isso não ocorreu por falta de estrutura da comarca para realização de um julgamento tão complexo que pode durar vários dias, como espaço limitado para jurados, falta de cadeiras confortáveis, precariedade de alojamento, entre outros. Como não houve construção de outra sala para realização da sessão, o magistrado optou por desmembrar os julgamentos.

O desmembramento do julgamento também é visto pelo juiz como consequência de uma situação de demora ante a falta de condições materiais para realização de tamanha magnitude com número grande de acusados, advogados, promotores de Justiça, testemunhas e outras pessoas que atuam em apoio à realização de uma sessão.

O primeiro a ser julgado será Ademá. Posteriormente, ainda sem data marcada, serão levados a julgamento três acusados de participação no caso: Marcus Vinícius, Urbano e Djalma. O último a ser apresentado ao júri será Maurício Sampaio, apontando como mandante do crime. A sessão do júri do ex-cartorário também não foi agendada.

Fonte: Rota Jurídica

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