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IMB/Segplan mostra avanços da agropecuária goiana

O sucesso da agropecuária goiana não se deu por acaso ou por vantagens naturais, foi um conjunto de ações político-institucionais, alinhado à inserção do Brasil na economia internacional como nação exportadora, dentro da lógica da agropecuária voltada para o mercado do agronegócio como elementos condicionantes desse sucesso. Essa é a conclusão do estudo: “Agropecuária goiana: uma análise em perspectiva histórica”, feito pelos pesquisadores Eduiges Romanatto e Sérgio Borges Fonseca Júnior, do Instituto Mauro Borges de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos da Secretaria de Gestão e Planejamento (IMB/Segplan).

Os pesquisadores analisaram os avanços da agricultura e da pecuária goiana entre os anos de 1947 a 2015 e concluíram que, durante os vários cenários macroeconômicos, os efeitos das crises não foram mais intensos devido à força do setor agropecuário, embora este também tenha passado por períodos de profundas dificuldades.  “Verificamos que nacionalmente a agropecuária tem sido importante amortecedor da crise econômica, em especial para alguns Estados, como Goiás”, observam Romanatto e Fonseca Júnior.
 
Nas últimas décadas, Goiás tem sido um dos grandes destaques da agropecuária nacional, com safras recordes de diversos produtos, como soja, milho, sorgo, cana-de-açúcar e também se destacando como grande produtor de rebanhos bovinos de carne e de leite, e também de aves e suínos.
 
A agropecuária goiana foi aumentando a sua importância na economia nacional ao longo dos anos. No final dos anos 60 a participação relativa do Produto Interno Bruto (PIB) agropecuário chegava a 4%, índice superior aos 1,7% do início da série, em 1947. Em 2014, dado mais recente do PIB, a participação do setor chegou a 6,3%.
 
Os censos agropecuários de 1980, 1985 e 1995/96 mostra, nitidamente, a adoção da tecnificação na modernização da agricultura goiana, embora tenha ocorrido de maneira mais concentrada em alguns municípios goianos, com destaque para Rio Verde. Esse processo levou a redução da mão de obra no setor agropecuário e o aumento do número de tratores e máquinas agrícolas.
 
O estudo do IMB/Segplan mostra que, mesmo com o mercado consumidor interno retraído, a atividade da agropecuária, historicamente, é menos sensível ao nível de renda. O mercado externo tem ajudado o setor a manter resultados satisfatórios, sobretudo, quando o câmbio fica depreciado, favorecendo as exportações brasileiras.  
 

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