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IMB//Segplan divulga mapeamento sobre espelhos d´água em Goiás?

Os espelhos d´água artificiais do Estado de Goiás e Distrito Federal cobrem cerca de 0,83% do território goiano. No total, são 8.166 empreendimentos com área de inundação superior a um hectare, sendo que 21 são Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), 20 são Usinas Hidrelétricas (UHEs) e 8.125 são barramentos para usos diversos. Estes foram os quantitativos identificados no mapeamento realizado pela pesquisadora em geoprocessamento, Priscila Midori Miyashita, da Gerência de Cartografia e Geoprocessamento do Instituto Mauro Borges de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (IMB), da Secretaria de Gestão e Planejamento (Segplan).

Segundo a superintendente do IMB, Lillian Prado, o objetivo deste mapeamento é oferecer a gestores e estudiosos da área ambiental informações relacionadas à demanda por água no Estado de Goiás, o que serve de base para o controle de seu uso, para a efetiva fiscalização ambiental e para o subsídio à elaboração de políticas públicas no âmbito dos recursos hídricos.

O mapeamento com esta escala de detalhe é inédito para Goiás, de acordo com o gerente de Cartografia e Geoprocessamento, Carlos Cristóvão. Existem outros mapeamentos que identificam as maiores áreas alagadas do Estado, mas este é o primeiro trabalho que engloba áreas menores (a partir de 1 hectare), o que possibilita compreender a distribuição espacial do uso do recurso hídrico.

O Brasil é considerado um país privilegiado por dispor de cerca de 12% das reservas de água doce presentes no mundo, de acordo com estudos da Agência Nacional de Águas (ANA). Porém, suas águas são distribuídas desigualmente sobre seu território. Enquanto que a bacia Amazônica concentra 70% do volume nacional e dispõe da menor densidade demográfica, temos rios nas regiões Nordeste e Sul com baixa disponibilidade hídrica para atender a demanda. Tem ainda os rios em regiões metropolitanas que estão ficando comprometidos, devido à alta demanda e a poluição por esgoto, não tratado.

O estudo do IMB/Segplan mostra que a região hidrográfica Rio Paranaíba a montante da Foz Rio Grande concentra a maior quantidade (4.043) e área inundada (20.015,65 hectares) dos espelhos d’água em Goiás e compreende uma extensão territorial de 14.460.314,60 hectares. É também nessa região que estão posicionados os dez maiores municípios em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) para o ano de 2014 (último levantamento oficial). São eles: Goiânia, Anápolis, Aparecida de Goiânia, Rio verde, Catalão, Itumbiara, Jataí, Luziânia, Senador Canedo e Caldas Novas.

Já os municípios de Cristalina e de Goianápolis são os que têm a maior área alagada por barramentos, desconsiderando aqueles com áreas alagadas por usinas de geração de energia, e maior porcentual de área alagada em relação a extensão territorial do próprio município.

Atualmente, o Estado de Goiás e Distrito Federal abrangem 41 empreendimentos para geração de energia, categorizados como Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) e Usinas Hidrelétricas (UHEs). Destas temos que, 23 estão na região sul, 9 na região norte, e 9 na região central e entorno de Brasília.

O Informe Técnico nº 01/2017 está disponível no site do IMB, em Informes Técnicos, ou pelo endereço: http://www.imb.go.gov.br/pub/informestecnicos/1-Mapeamento%20de%20espelhos%20d%E2%80%99%C3%A1guas%20artificiais%20do%20Estado%20de%20Goi%C3%A1s%20e%20Distrito%20Federal-201702.pdf.

O mapeamento também está disponível em arquivo georreferenciado no Portal SIEG (Sistema Estadual de Geoinformação), em downloads > SIG Shapefiles, ou pelo endereço: http://www2.sieg.go.gov.br/post/ver/218884/espelhos-dagua-artificiais

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