A navegabilidade da hidrovia Paranaíba-Paraná-Tietê será retomada amanhã, sábado (23), a partir da meia-noite. A garantia foi dada ao secretário Vilmar Rocha (Secima) pelo secretário de Energia e Mineração de São Paulo, João Carlos Meirelles, durante reunião realizada dia 21, quinta-feira, em São Paulo. Administrada pelo Governo de São Paulo, a hidrovia está fechada desde maio de 2014, causando grandes prejuízos no escoamento de grãos, principalmente de Goiás e Mato Grosso.
“É uma excelente notícia para Goiás e para a região Centro-Oeste. Uma grande vitória depois de uma luta nossa e do governador Marconi Perillo para que a hidrovia fosse reaberta”, comemora o secretário Vilmar Rocha. Segundo o titular da Secima, desde o início do ano passado ele e o governador “entraram de cabeça nessa questão” e participaram de uma série de audiências com o Governo de São Paulo e com o Governo Federal para retomar a navegabilidade da hidrovia.
Com um porto em São Simão, no Sudoeste Goiás, a hidrovia Tietê-Paraná é muito importante para o escoamento de grãos, principalmente milho, soja e subprodutos, e chega a transportar até 8 milhões de toneladas por ano. “Esse transporte é mais econômico, o que deixa nossa produção com preços mais competitivos, favorecendo a economia do Estado”, explica Vilmar Rocha. “Ela também evita o transporte por rodovias, uma vez que a capacidade de cada barca que navega por ela equivale à carga de cerca de 180 caminhões”, completa.
A navegabilidade da Paranaíba-Paraná-Tietê foi interrompida em 2014 devido à forte seca na região Sudeste do país e à necessidade de maior vazão para as usinas hidrelétricas. Com 2.400 quilômetros de extensão, a hidrovia é uma das mais importantes do País e, segundo o Sindicato dos Armadores da Navegação Fluvial de São Paulo, o fechamento pode ter sido responsável por um prejuízo de pelo menos R$ 685 milhões e pela demissão de 1.400 trabalhadores.
Alcoolduto
Durante a audiência, em São Paulo, o secretário Vilmar Rocha conversou também com o secretário João Carlos Meirelles sobre a instalação de um alcoolduto entre Uberaba e Itumbiara. A dutovia deve ser a terceira etapa do SEDA (Sistema de Escoamento Dutoviário de Álcool e Derivados) que já tem seu primeiro trecho em operação, entre Paulínia a Ribeirão Preto, com 208 quilômetros de extensão e capacidade para transportar 12 milhões de m³ por ano de etanol. A segunda etapa, que possui 143 quilômetros de extensão, liga Ribeirão Preto a Uberaba.