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Força e independência da mulher são temas de campanha promovida pela ASMEGO

Coragem para enfrentar as dificuldades, lutar contra o machismo, denunciar a violência e, dentro da atividade jurisdicional, fazer Justiça. Reafirmar a coragem da mulher, diante de tantos obstáculos impostos pela sociedade, é a tônica da campanha “Coragem, substantivo feminino“, criada pela Associação dos Magistrados do Estado de Goiás (ASMEGO). A iniciativa tem como parceiro o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), por meio da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar e de Execução Penal. A divulgação ocorre no site e nas redes sociais da ASMEGO. 

Através da campanha, serão promovidas ações que ressaltem a força e a autonomia feminina dentro e fora do Poder Judiciário. A realidade de juízas e desembargadoras, hoje como membros de um Poder da República; a história pessoal para alcançar o cargo, muitas marcadas pela dificuldade econômico-financeira; e projetos sociais de combate ao machismo e à violência contra a mulher desenvolvidos por magistradas e magistrados farão parte dos conteúdos divulgados. A ideia é contribuir para a desconstrução da imagem da mulher como “sexo frágil”, uma repaginada no conceito “We Can Do It!” (“Nós podemos fazer isso!”), bandeira levantadas a partir dos anos 1980.

Para a responsável pelaDiretoria da Mulher Magistrada na ASMEGO, juíza Patrícia Dias Bretas, as conquistas das mulheres são visíveis em muitos setores da sociedade, mas ainda há muitos paradigmas a serem quebrados. “Somos a maioria da população, mas a diferença ainda é grande. No Judiciário, por exemplo, ainda não tivemos a primeira mulher presidente do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO). Porém, vemos avanços, principalmente com o início da gestão do desembargador Gilberto Marques Filho, que empossou a primeira mulher diretora do Foro de Goiânia e a também primeira juíza auxiliar da Presidência”, comentou.

A desembargadora Sandra Regina Teodoro Reis, à frente da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar e de Execução Penal, esclarece que o foco também é a conscientização sobre o fim das agressões que ocorrem dentro dos lares. “Hoje a igualdade legal está regulada convenientemente na legislação vigente. Resta, entretanto, o ranço da cultura que ainda inspira muitos machões violentos, especialmente quando agem contra mulheres física, econômica e culturalmente mais frágeis e no recesso do lar. Aliás, muita violência ainda ali se pratica”, afirmou.

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