O governador Marconi Perillo e o embaixador da Argentina, Carlos Alfredo Margariños, assinaram ontem, no Palácio das Esmeraldas, protocolo de intenções para instalação da Câmara de Comércio, Indústria e Serviço Brasil – Argentina na capital goiana. O diplomata, que foi recebido em Palácio pelo governador e a presidente de honra da OVG, Valéria Perillo, afirmou ter escolhido Goiás por conta da pujança econômica do Estado.
“Goiás é um estado muito particular, que teve um salto de contribuição no Produto Interno Bruto do Brasil, que tem uma boa administração, eficiente e progressista. E nós queremos nos associar mais com essa prosperidade de Goiás e conseguir mais negócios da Argentina para Goiás e de Goiás para a Argentina”, afirmou.
Margariños afirmou também que o governo argentino planeja uma nova fase de aproximação entre as nações, agora em âmbito estadual. “Depois de 30 anos da presença, de uma interação nacional, agora é momento de trabalhar mais no nível dos estados brasileiros com as províncias argentinas. A Câmara tem uma importância muito grande. Criamos este ano cinco câmaras”, contou o embaixador.
De acordo com ele, o foco da política externa da Argentina agora com o Brasil é aumentar o fluxo bilateral de interação comercial. “Passou esse momento de criar uma Câmara para vender um pouco mais aqui. Agora queremos também comprar mais. Queremos mais turistas de Goiás na Argentina, mas também mais turistas da Argentina em Goiás, que tem tantos lugares fantásticos para visitar”, projetou.
O governador Marconi fez ao embaixador um apanhado minucioso da economia goiana, detalhando como ela cresceu e se desenvolveu nos últimos 20 anos, passando de um PIB de R$ 17,4 bilhões para atuais R$ 200 bilhões, além de um crescimento significativo das exportações em mais de 2000%, no mesmo período, e uma ampliação de 50 para 150 países com os quais mantém relação comercial.
Participaram também da assinatura do protocolo de intenções membros do Fórum Empresarial, entre os quais os presidentes de entidades classistas Pedro Alves de Oliveira (Fieg), José Evaristo (Fecomércio), José Mario Schreiner (Faeg) e Euclides Barbo Siqueira (Acieg).