Por Victor Gabler
Com a queda dos juros e,consequentemente ,na rentabilidade de aplicações como fundo de renda fixa e poupança, a busca pelo investimento em imóveis, carros e outros bens vem aumentando. E uma modalidade que tem atraído cada vez mais investidores é o consorcio. Dados da Associação Brasileira de Administradores de Consorcio (abac) apontam que no primeiro semestre deste ano, o produtor imobiliário foi o que mais cresceu com a relação ao mesmo período do ano passado.
Ao longo dos seis meses do ano, os créditos concedidos aos consorciados contemplados, potencialmente injetados na cadeia produtiva, importaram em R$ 26,49 bilhões, 28,0% superior aos R$ 20,69 bilhões de 2019 em todo o país. atraindo mais investidores gerando aumento no PIB (Produto Interno Bruto) para economia. O Sistema de Consórcios em setembro/2020 alcançou resultados expressivos mesmo com o período da pandemia. Só no nono mês do ano, foram comercializadas 314,24 mil novas cotas. Trata-se do maior volume mensal dos últimos quinze anos. O desempenho do Sistema de Consórcios em setembro/2020 reafirma a força da modalidade junto ao mercado. Ocorreram ainda recordes em três dos seis segmentos: veículos leves, motocicletas e imóveis.
O especialista em consórcios Franz Friedrich , explica as diferenças com relação ao financiamento tradicional. “Com a queda das acoes, aumento do dólar e a recessão de créditos no mercado, a modalidade de consórcio, e a melhor opção já que não cobra juros somente uma taxa administrativa aonde pode chegar a ser 60% menor que o custo final de um financiamento”, conta ele. “as principais diferenças entre a modalidade e o financiamento tradicional são o custo final e os prazos mais flexíveis de pagamento que podem chegar, até 200 meses dependendo da modalidade de escolha”, explicou ele.
Em Goiás, os números de consorciados ativos ultrapassa mais de 700 mil cotistas ativos, aumento de 2,5% maior que o mesmo período do ano passado mesmo com pandemia. Créditos comercializados em Goiás, chegam a R$ 9 bilhões foram usados por clientes contemplados, aumento de contemplações de 22% com mesmo período do ano passado.
Ainda de acordo com o especialista, esse aumento tem ocorrido porque pessoas que antes deixavam seu dinheiro rendendo menos de 2% ao ano na poupança percebem que investir na modalidade de consórcios é mais rentável pode antecipar aquisição do bem ofertando um lance em assembléia. “Comprar um automóvel financiado pode custar em torno de 28% mais caro do que pelo sistema de consórcio. Isso significa, por exemplo, que, num prazo de cinco anos, o cliente pode economizar em torno de R$ 14 mil se comprar um carro com preço de R$ 31 mil pelo consórcio, em comparação com os custos que teria no financiamento tradicional “, explicou ele.