O Conselho de Administração dos Correios aprovou esta semana as Demonstrações Contábeis de 2020 da estatal, que apresentou lucro líquido de R$ 1,53 bilhão – maior resultado nos últimos 10 anos. Outros indicadores financeiros importantes também foram apurados. A empresa registrou um EBITDA de R$ 1,455 bilhão – resultado que, comparativamente ao ano anterior, representa uma evolução de 115%. O Patrimônio Líquido obteve um crescimento de 84% em relação ao ano de 2019, totalizando, aproximadamente, R$ 950 milhões. Tais feitos sinalizam a considerável melhora da saúde financeira e dos negócios da empresa.
A adequação das cláusulas do Acordo Coletivo de Trabalho 2020/2021 à realidade da empresa e do mercado – conforme as recomendações do Ministério da Economia de ajustamento à legislação trabalhista -, também proporcionou aos Correios relevante redução nas despesas com pessoal, na ordem de, aproximadamente, R$ 400 milhões. Esse e outros fatores refletem o empenho da gestão em reduzir os prejuízos acumulados, que caíram de R$ 2,761 bilhões (2º trimestre de 2019) para R$ 859 milhões.
Além dos esforços com foco na racionalização de custos e na otimização das linhas de negócios, a capacidade de adaptação da empresa também foi fundamental para o alcance desse resultado, com o lançamento de soluções digitais, incremento de soluções para o e-commerce e a continuidade da prestação dos seus serviços, essenciais para aproximar todo o país.
Desta forma, também colaboraram para o saldo positivo nas contas da estatal a evolução da produtividade e a eficiência operacional. Mesmo com as restrições impostas pela pandemia, os Correios mantiveram suas atividades, dada a essencialidade dos serviços. No último exercício, a empresa absorveu, prontamente, o aumento do fluxo de encomendas oriundas do comércio eletrônico: o crescimento da receita de encomendas registrou incremento de 9%, ante o ano anterior. Entre os destaques, ressalta-se o recorde histórico de 2,2 milhões de encomendas postadas em um único dia, alcançado em 30 de novembro, e as receitas internacionais – obtidas por meio de serviços prestados a Correios de outros países –, que ultrapassaram o marco de R$ 1,2 bilhão, outro recorde para a empresa.
Com resultados mais favoráveis, coube à estatal retomar os investimentos em seus processos e infraestrutura – de forma a aperfeiçoar seus índices de qualidade -, e também sanear alguns passivos. Nestes últimos dois anos, foi aplicado cerca de R$ 1,1 bilhão em investimentos e projetos de BTS (Built to Suit), com destaque para a modernização da sua frota e veículos, ativos de tecnologia, automação do tratamento de objetos e ampliação da estrutura operacional no segmento de encomendas. Também foram empreendidos esforços consideráveis para honrar os compromissos com o operador de saúde, contribuindo para o resgate da credibilidade do plano de saúde bem como a melhoria do atendimento a seus beneficiários.
O presidente dos Correios, Floriano Peixoto, concluiu que o alcance desse resultado histórico foi possível devido aos esforços dos quase 100 mil empregados e ao alinhamento e dedicação do grupo diretivo da empresa. “O sucesso das ações propostas nesse período é decorrente, em sua maior parte, do comprometimento de cada um dos empregados da empresa, os quais são merecedores de reconhecimento. Os Correios retomaram sua credibilidade, pautados em boas práticas de gestão e no fortalecimento da sustentabilidade econômico-financeira. O que garante à empresa uma imagem institucional sólida, permitindo-a desempenhar suas atividades com excelência nos cenários brasileiro e mundial”, disse o dirigente, que creditou ainda a atuação construtiva e colaborativa da Diretoria-Executiva e das instâncias decisórias, entre elas o órgão supervisor Ministério das Comunicações, como fator imprescindível para consolidar o reequilíbrio financeiro da estatal.
Todos esses importantes resultados têm permitido à empresa executar, com altos níveis de profissionalismo e credibilidade, sua missão perante os brasileiros, além de preparar os Correios para as inovações necessárias ao setor postal nacional e internacional, no contexto dos estudos de desestatização que estão sendo conduzidos pelos órgãos competentes do Governo Federal.