Policiais civis, peritos criminais, médicos-legistas e todos os servidores que atuam na Superintendência de Polícia Técnico-Científica (STPC) de Goiás receberam 3.600 máscaras de proteção confeccionadas por presos. Nesta segunda-feira (27), o superintendente da STPC, Marcos Egberto, esteve na Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP) para receber o material. Essa é a segunda remessa de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) recebida pela STPC neste mês de abril.
O diretor-geral adjunto da DGAP, tenente-coronel Agnaldo Augusto da Cruz, participou da entrega das máscaras e explicou que essa entrega foi possível graças à articulação do programa Goiás de Resultados, coordenado pelo vice-governador Lincoln Tejota. “A determinação é unir esforços e atuar em conjunto para garantir a proteção dos servidores da segurança pública que estão trabalhando mesmo em meio à pandemia mundial do coronavírus”, afirmou o tenente-coronel Augusto da Cruz.
Todo o material usado na fabricação (tecidos, linhas, elástico e agulhas) foi adquirido pela Polícia Técnico-Científica e a expectativa é de que outras 15 mil máscaras sejam entregues à Superintendência nas próximas semanas.
“Nossos servidores estão conscientes da necessidade de usarem corretamente os EPIs para se manterem protegidos. E, logo nesse momento em que aumentou a demanda interna por mais máscaras e jalecos descartáveis, esses produtos sumiram do mercado. Precisávamos muito de ajuda e essa ajuda veio do Goiás de Resultados e da DGAP”, afirmou o superintendente da Polícia Técnico-Científica.
No início do mês de abril, o programa Goiás de Resultados arrecadou tecido e o material usado para a confecção de jalecos descartáveis. A DGAP providenciou a mão-de-obra carcerária para a fabricação e, no último dia 13, mais de 200 jalecos foram entregues à STPC para o uso dos servidores do Instituto Médico Legal (IML).
Oportunidade de ressocialização
Todos os materiais entregues à Polícia Técnico-Científica estão sendo confeccionadas por 15 detentos no Polo Industrial do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia. Segundo a DGAP, a capacidade de produção é de até 600 máscaras por dia.
Os presos envolvidos na produção recebem remuneração e a possibilidade de remissão de pena, de acordo com a Lei de Execução Penal (LEP). Ou seja, três dias de trabalho reduz um dia de cárcere.
“Uma das 20 metas do programa Goiás de Resultados é ampliar as atividades de ressocialização dos apenados. Queremos que essas pessoas usem o período da Unidade Prisional para saírem da vida criminosa, aprenderem novas habilidades e, consequentemente, reduzir os índices de violência na nossa sociedade”, afirmou o vice-governador Lincoln Tejota