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“Combate à fome: questões de saúde e cidadania” é o tema do programa São Camilo Comenta de janeiro

Atração reúne professores do Centro Universitário São Camilo, que debatem as causas e as consequências da falta de alimentos para a população. Assista em: 

Além de ser um problema biológico, a fome decorre da forma como a sociedade organiza a economia, a produção e a distribuição de bens que garantam a sobrevivência humana. No Brasil existem 33 milhões de pessoas que não se alimentam e estão sob risco agudo de saúde e 80% da população têm algum grau de insegurança alimentar. Esses são indicadores que demonstram que a nação passa por um problema sanitário que se projeta em termos de saúde pública e de segurança social, e que pode refletir na capacidade produtiva do País.

Esta reflexão sobre a gravidade da crise alimentar no Brasil foi apresentada pelo professor de Saúde Pública do Centro Universitário São Camilo e médico sanitarista, Sérgio Zanetta, no programa São Camilo Comenta, com o tema “Combate à fome: questões de saúde e cidadania”, que será veiculado a partir desta quinta-feira, 12 de janeiro, no Canal do YouTube da instituição de Ensino e nos canais de streaming, sob forma de podcast.

Também participaram do debate a professora de Nutrição Adriana Peloggia e a coordenadora do curso de Nutrição, Sandra Maria Chemin, com mediação do Pró-Reitor Acadêmico, Carlos Ferrara. Os docentes fazem uma reflexão sobre o fantasma da fome que assombra os brasileiros em pleno século XXI. O País vive o triste cenário em que mais da metade da população não tem acesso a refeições regulares. Entre os questionamentos feitos aos professores estão o conceito da fome e suas consequências para a saúde do indivíduo e para o Sistema Único de Saúde (SUS).

A professora Sandra Chemin, que foi integrante do Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional do Governo Federal, fez um resgate histórico ao lembrar que o direito à alimentação só fez parte da Constituição em 1988 e nesta época, a fome passou a ser tratada como problema sanitário. Só nos anos 2000 novas políticas públicas surgiram para minimizar e discutir o assunto como, por exemplo, o Programa de Aquisição de Alimentos e novas ações no Programa Nacional de Alimentação Escolar. Porém, “com o fim desses programas, assistimos ao surgimento da fome estrutural e da fome conjectural”, explicou Chemin.

No Brasil do século passado, a fome foi assunto discutido por Josué de Castro, que tratou sobre a falta do alimento, mas a questão do acesso à alimentação só passou a ser discutida recentemente. A professora Adriana Pellogia acrescentou que a fome é o tipo grave de insegurança alimentar, porém hoje até pessoas de classes mais abastadas podem ser vítimas de insegurança alimentar. Basta faltar produtos nas prateleiras dos supermercados, como aconteceu no auge da pandemia de Covid-19. “A insegurança alimentar leve é quando não se sabe qual será a comida na próxima refeição”, reforçou a docente do curso de Nutrição.

O programa São Camilo Comenta tem 30 minutos de duração e se aprofunda no tema. Ele pode ser acessado pelo canal do Centro Universitário São Camilo no YouTube e sob o formato de podcast nas plataformas de streaming de áudio. Seu conteúdo é liberado para os veículos de comunicação de todo o País, além da comunidade acadêmica e científica e público em geral. O conteúdo pode ser acessado pelo link: https://youtu.be/PweHdZ2Hn_0

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