A Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária adotou nesta quarta-feira (10/08) mais uma medida importante para coibir o crime organizado. No perímetro da maior unidade prisional do estado, a Penitenciária Coronel Odenir Guimarães, no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, foi instalado bloqueador de sinais de celular que irá impedir a comunicação da população carcerária com o mundo externo. A medida foi determinada pelo vice-governador e titular da SSPAP, José Eliton. A expectativa é reduzir ainda mais o número de crimes praticados por organizações delituosas, muitas delas com ramificações nos presídios estaduais.
Além disso, numa ação que envolveu 300 policiais, foram realizadas revistas nas celas e no pátio do presídio, com apreensão de 88 celulares, 82 chuços, 168 trouxinhas de maconha (aproximadamente 400 gramas), 177 pedras de crack (cerca de 320 gramas) e um tablet. Todos esses objetos foram enviados à Polícia Civil e à Polícia Técnico-Científica para os registros e análises.
Este é o terceiro equipamento bloqueador de sinais instalado no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia. A Casa de Prisão Provisória e o Núcleo de Custódia já contam com equipamento similar. De acordo com o superintendente de Administração Penitenciária, coronel Victor Dragalzew, o bloqueio dos sinais de celulares no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia é uma experiência piloto que, se bem-sucedida, poderá ser estendida às outras 110 unidades prisionais do estado.
Além da instalação do aparelho pela empresa Polsec – Indústria e Comércio de Equipamentos de Segurança, policiais da Superintendência de Administração Penitenciária, com apoio do Batalhão de Choque e do Batalhão de Operações Especiais (Bope), iniciaram às 7h a vistoria das celas nos pavilhões A, B e C da penitenciária. Os 1.650 presos foram levados todos para o pátio, enquanto a ação se desenvolveu dentro das celas. Segundo o coronel Dragalzew, a operação teve foco na estrutura, em que se buscou a existência de qualquer dano que comprometesse a segurança do prédio, e nos pertences dos detentos, em busca de celulares, drogas e armas.
Todas as celas dos três pavilhões foram minuciosamente revistadas. Depois, a população carcerária foi reconduzida às celas para que a ação dos policiais tivesse continuidade no pátio da penitenciária. Ali se verificou se havia danos nas grades e a existência de objetos enterrados. E foi exatamente onde os policiais localizaram a maior parte de armas improvisadas, celulares e drogas.
Os registros das apreensões e a análise dos objetos e drogas apreendidos ficaram a cargo da Polícia Civil e da Polícia Técnico-Científica, respectivamente. Toda a operação foi planejada em conjunto pelas forças de segurança, com o suporte da Gerência de Planejamento Operacional da Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária. A direção da Penitenciária Odenir Guimarães participou diretamente de todas as ações. Segundo o diretor Alex Aparecido Galdioli, a unidade, que conta com 1.650 detentos, terá seu equipamento bloqueador de sinais de celulares monitorado pela empresa Polsec. As vistorias nas instalações e nos pertences dos presos, o que já é rotina, vão se intensificar a partir de agora.
Fonte: Comunicação Setorial SSPAP