Os dados são da plataforma on-line SOS Surdo, desenvolvida pela empresa brasileira Helpvox Connect, que permite que a comunidade surda faça reclamações referentes à falta de atendimento acessível.
Os bancos, seguidos das empresas públicas (estadual, federal e municipal), são os maiores alvos de reclamação pela falta de acessibilidade para as pessoas surdas. O ranking foi elaborado pela plataforma on-line e gratuita SOS Surdo, que foi desenvolvida pela empresa brasileira Helpvox Connect (https://helpvoxconnect.com.br). Desde seu lançamento em outubro de 2020, o serviço já recebeu mais de 2 mil denúncias, sendo 34% dos bancos e 32% das empresas públicas. A falta de acessibilidade inviabiliza o acesso de aproximadamente 10 milhões de surdos no Brasil, segundo o Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2010.
Para usar o SOS Surdo basta acessar o site https://www.sossurdo.com.br, fazer um breve cadastro e depois escrever a reclamação ou enviar um vídeo em Língua Brasileira de Sinais (Libras) com todas as informações referentes ao problema. O usuário poderá também anexar fotos e vídeos. Todas as denúncias são avaliadas por uma equipe de analistas do SOS Surdo e, posteriormente, fará uma notificação para a empresa citada na reclamação, bem como acompanhar o andamento da denúncia.
O objetivo da ação é resolver o problema enfrentando pelo surdo bem como ajudar a empresa a estar em conformidade com a Lei 10.436, que prevê o uso da Língua Brasileira de Sinais (Libras) na comunicação com a comunidade surda. Caso não responda a notificação, a empresa estará sujeita a processos e punições previstas na Lei.
De acordo com Cleber Santos, CEO do Helpvox Connect, as barreiras de comunicação enfrentadas pelos surdos é constante e diária porque muitas empresas ainda não apostam em tecnologias que permitem a acessibilidade com o uso da Língua Brasileira de Sinais (Libras). “Nossa missão é dar voz e melhorar a vida dessas pessoas, que são constantemente esquecidas pela sociedade. Os gestores das empresas precisam entender que a acessibilidade é um direito e não um favor”, fala Santos.