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Baixa taxa de juros leva goiano a entrar para o mercado financeiro

Apesar da volatilidade dos investimentos em ações e produtos do mercado financeiro sujeitos à oscilações do cenário político-econômico – como aconteceu no início da pandemia – o brasileiro tem enfrentado sua insegurança acerca desse universo que,  culturalmente, sempre lhe foi desconhecido. De acordo com dados da B3, o total de contas hoje é de 2,6 milhões, enquanto no final de 2019 o mesmo relatório contava com 1,7 milhões de indivíduos investindo no mercado de ações. Goiás também apresenta crescimento no número de investidores desde 2019, seguindo a tendência brasileira. Prova disso são os números divulgados pela B3 em março, quando o Estado ocupava o 10º lugar no ranking de contas com mais de 51 mil CPFs e apresentava um crescimento de 43% em relação ao ano passado, conforme análise da instituição. O relatório de junho mostrou novo incremento de mais de 11 mil investidores, fazendo o Estado subir uma posição e desbancar o Ceará.

A motivação para esse enfrentamento é a taxa de juros básica chegou a 2,25%a.a. em junho, dando continuidade a uma queda vertiginosa iniciada em 2019.  Manter investimentos na caderneta de poupança ou em aplicações tradicionais não traz retorno – em alguns casos, significa perda financeira, asseguram os especialistas. O cenário refletiu também nas operações das empresas especializadas no segmento, promovendo fusões importantes como da AGL Investimentos, um dos mais tradicionais escritórios de agentes autônomos de investimentos de Santa Catarina, com a Vertente Capital, formando a V Corp Capital. A união visa reforçar o atendimento dos agentes autônomos de investimentos em Goiás, DF e Mato Grosso, além de ampliar a atuação da empresa goiana para o Sul do País.

O sócio e agente autônomo de investimentos Marcelo Estrela explica que, com um contrato para distribuir os produtos do Banco BTG Pactual, a V Corp Capital agrega, duas importantes vocações: atender empresas, expertise da Vertente Capital, e as pessoas físicas ligadas a elas, como sócios, principais executivos e colaboradores. “O objetivo é atrair novos agentes autônomos de investimentos com esse reforço do posicionamento corporativo. O BTG é bastante atuante nesse segmento em crédito, mercado de capitais, derivativos, seguros estruturados e câmbio, que vem trazendo um conceito One Stop Shop aos principais Grupos Econômicos do Centro-Oeste, Triângulo Mineiro e agora o Sul do país que são clientes da V Corp Capital. Essa integração já trouxe na prática transações e serviços em volumes representativos oferecidos pelo BTG Pactual, além de um pipeline robusto no Agronegócio e em vários outros segmentos de atuação corporativa.”

A  AGL Investimento soma com a tradição no educacional com a AGL Educação, especializada em capacitação financeira para estudantes, trabalhadores, investidores e profissionais do mercado financeiro. O escritório está imerso em uma região brasileira onde a cultura de investimento financeiro muito mais enraizada que Goiás e estados vizinhos.  Para se ter ideia, com 7 milhões de habitantes de Santa Catarina, 124 mil estão com seus CPF’s operando na B3. Enquanto isso, é preciso somar os CPF’s de Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul e Tocantins para se alcançar um número similar de investidores na bolsa de valores:os quatro estados têm juntos 123 mil CPF’s e uma população 15 milhões de habitantes.

“A V Corp Capital surge nesse contexto otimista, em que o brasileiro descobre que é possível mudar o foco de seus investimentos, sair da poupança e conhecer as rendas variáveis. Muito disso se deve à taxa básica de juros, que transforma a aplicação em renda fixa desvantajosa para o médio e longo prazo. Uma verdadeira revolução socioeconômica está acontecendo, transformando a forma como cuidamos de nosso patrimônio, saúde e relacionamentos”, conclui, explica Dante D’Agostini, que agora passa a gerenciar a expansão da V Corp Capital em Joinville – SC.

Tanto para Estrela quanto D’Agostini, o potencial brasileiro de investimento ainda pode ser muito mais explorado, considerando que existe muita dificuldade por parte das pessoas em entender o funcionamento do mercado de ações. Por isso, casas como o BTG Pactual, ao qual a V Corp Capital é vinculada, trabalham para apresentar soluções que facilitem lançamento de ordens de compra na bolsa de forma automatizada.

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