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Terapia ocupacional na saúde pública proporciona independência e autonomia nas atividades diárias

Paciente em terapia ocupacional no Centro Estadual de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (Crer) relata recuperação dos movimentos após implante em uma das mãos

A terapia ocupacional, área da medicina que leva em consideração a ocupação como agente promotor da saúde, dedica-se ao diagnóstico e tratamento de pacientes com alterações cognitivas, afetivas, perceptivas e psicomotoras. A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) celebra o Dia Mundial do Terapeuta Ocupacional destacando a importância desse serviço na saúde pública.

“Como seres ocupacionais, exercemos atividades significativas diariamente, e qualquer pessoa com dificuldade de realizar suas tarefas, seja por qualquer diagnóstico, está correndo risco de saúde. Por isso, é muito importante ter esse profissional na rede pública, desde a atenção primária até nos casos de alta complexidade”, destaca a terapeuta ocupacional com especialidade em saúde neurofuncional Giovana Mendes de Melo.

Giovana, que atua no Centro Estadual de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (Crer), explica que esse profissional faz uso terapêutico das ocupações para proporcionar independência e autonomia ao paciente. “A terapia ocupacional lida com pessoas que não conseguem realizar tarefas simples, como comer, tomar banho, vestir roupas sozinhas ou ainda dirigir e exercer uma profissão.”

A terapeuta ainda reforça que pessoas de qualquer faixa etária podem ser pacientes da terapia ocupacional, se suas atividades diárias estão comprometidas, decorrentes ou não de distúrbios genéticos, traumáticos e/ou de doenças adquiridas. “Em alguns casos, podemos inclusive trabalhar em conjunto com outros profissionais, como fisioterapeutas, para garantir a plena autonomia do paciente, com estratégias e adaptações facilitadoras”, completa.

De acordo com o Ministério da Saúde, as estratégias podem ser desde uma modificação no modo de realizar uma atividade, até o planejamento de como executar uma atividade para realizá-la da forma mais eficiente possível. Em alguns casos, é necessário o uso de tecnologias e equipamentos, como órteses e cadeiras de rodas, ou modificações ambientais para facilitar a funcionalidade nas atividades.

Benefícios

Há 75 dias, a vida de Joaquim Fernandes dos Santos, de 57 anos, mudou completamente. Paciente da terapia ocupacional no Crer, Joaquim passou por um implante na mão, e tem recuperado as habilidades motoras com a terapia.

Segundo ele, um acidente com um triturador na fazenda decepou três dedos de sua mão direita, sendo necessário que o segundo dedo de seu pé fosse implantado na mão.

Após o implante, Joaquim, que é de Iporá, vai ao Crer toda semana para realizar as terapias que o ajudam a recuperar a autonomia para andar de moto e fazer movimentos simples, como o de pinça, que é inerente ao ser humano.

“A cirurgia foi excelente, e eu estou muito feliz com o implante, porque já passou o período da rejeição e estou recuperando bem. Além das terapias, aqui em Goiânia, o terapeuta também passa o que eu tenho que fazer em casa, e a dor já diminuiu muito e consigo voltar às minhas atividades do dia a dia”, comemorou.

Foto: Marco Monteiro

Secretaria de Estado da Saúde de Goiás

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