Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária usa metodologia de coleta e consolidação de dados implementada com Registro de Atendimento Integrado (RAI) que passa a ser oficial a partir de julho próximo. Objetivo é dar ainda mais transparência e confiabilidade aos indicadores
A Secretaria de Estado de Segurança Pública e Administração Penitenciária (SSPAP), que implementa desde 1º de abril nova forma de coleta e tratamento de dados relativos à área de segurança pública, lança, no próximo mês de julho, metodologia inovadora na divulgação dos indicadores da violência no estado, para dar ainda mais transparência e credibilidade às informações. Tendo como base a Lei de Acesso à Informação (LAI) e portarias que regulamentam a lei federal no âmbito da secretaria, as informações que agora são reunidas na Plataforma de Sistemas Integrados (PSI), que tem como base o Registro de Atendimento Integrado (RAI), são coletadas, tratadas e consolidadas obedecendo a rigorosos critérios de checagem de dados, para evitar duplicidade de registros ou registros com tipificação incorreta.
De acordo com o vice-governador e secretário de Segurança Pública e Administração Penitenciária, José Eliton, o objetivo desta nova metodologia é fazer de Goiás o estado referência, também, na divulgação dos índices de criminalidade. “O trabalho do Observatório da Segurança Pública é um trabalho de excelência e que está sendo modernizado e adaptado à nova realidade produzida pela plataforma única de dados, a PSI, e que já em julho estará divulgando os indicadores dentro da nova realidade”, afirma. Conforme destaca José Eliton, Goiás, além de registrar quedas significativas nos índices de criminalidade, também será o estado mais confiável em relação à divulgação desses indicadores.
O Observatório é o órgão responsável pela divulgação de informações da área de Segurança Pública do estado de Goiás, centralizando a coleta e a auditagem dos dados estatísticos. Desde a criação da PSI, em abril, o trabalho de análises de dados vem sendo feito, num projeto piloto, a partir dos registros integrados da Plataforma PSI. A Secretaria institui, também, uma Comissão de Instituição do Registro de Atendimento Integrado (CI-RAI), que vai atuar ao lado da equipe da Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária, na checagem dos dados registrados pelas diversas forças de segurança do estado. As informações serão divulgadas através do site da SSPAP e não mais em separado pelos diferentes forças policiais.
Com a criação do RAI, que permite ao cidadão registrar apenas uma vez o fato, já que na segunda tentativa de se fazer um segundo registro o próprio sistema acusa que já existe um primeiro registro, o antigo sistema de delegacia virtual não pode mais ser utilizado para casos de roubos e homicídios e, em breve, também os furtos. Essa delegacia virtual, em que o registro é feito pela população sem a necessidade de um agente de segurança pública, produzia situações de duplicidade, gerando números irreais de crimes. A ferramenta só deverá ser usada a partir de agora para registros atípicos, como perda de documentos, acidentes de trânsito sem vítimas, desaparecimentos, entre outros.
Embora todas as modalidades de crimes sejam analisadas pelo Observatório da Segurança Pública, se estabeleceu, nesta gestão, para efeitos de divulgação, como indicadores prioritários aqueles contra a vida e ao patrimônio. São eles: homicídios, tentativas de homicídios, latrocínios, estupros, roubos a transeuntes, roubos de veículos, roubos em residência e roubos em comércios e os furtos a transeuntes, de veículos, em residências e em comércios. Os dados relativos aos demais índices são disponibilizados pelo Observatório e podem ser solicitados por qualquer cidadão à Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária (SSPAP).
Com a nova metodologia de processamento dos dados da violência no estado de Goiás, a Secretaria estabelece ainda padrões de auditoria interna, por meio do Observatório da Segurança Pública, para validação de todos os números registrados. Isso significa que as forças policiais, cada uma delas, terá prazos e responsabilidades em relação aos dados informados. Dessa forma, 100% das informações passarão pelo crivo das forças policiais, do Observatório e também da Comissão do RAI, o que vai gerar indicadores de alta qualidade e confiabilidade.
Segundo o vice-governador e secretário de Segurança Pública, José Eliton, o uso da tecnologia e da inovação na análise e consolidação dos números da violência do estado acompanha a modernização que o governo de Goiás promove em todas as instâncias da administração pública do estado visando a transparência pública. Goiás obteve a segunda colocação no ranking nacional de Transparência do Ministério Público Federal por cumprir todos os critérios preconizados pela instituição. “Na Segurança Pública não poderia ser diferente. Estamos usando o que há de melhor em inovação para alcançarmos a transparência também na divulgação dos dados da criminalidade que têm tido uma queda vertiginosa, graças ao trabalho integrado e investimentos em inteligência”, acentua José Eliton.