Sociedade

Rio Verde lidera ranking dos municípios exportadores

Alto Horizonte, Itumbiara, Luziânia e Anápolis também se destacaram como origem das exportações goianas. Anápolis, Catalão e  Aparecida de Goiânia foram os principais importadores em 2015

Rio Verde foi o grande destaque entre os municípios goianos que exportaram no ano passado. O município, localizado no sudoeste goiano, respondeu por US$ 469,017 milhões. O valor representa 8% do total vendido por Goiás ao mercado externo. Alto Horizonte, Itumbiara, Luziânia, Anápolis, Palmeiras de Goiás, Mozarlândia, Barro Alto, Ouvidor e São Simão, nessa ordem, também apresentaram bom desempenho no mercado internacional. Juntos, os dez municípios foram responsáveis por 42,5% do total exportado.

Os principais produtos exportados por Rio Verde foram a soja (43%), milho (37%), óleo de soja 9%), tortas e outros resíduos extraídos do óleo de soja (6%), algodão (2%), farinha de cereais (1,5%) e carnes suínas (0,6%). China, Taiwan (Formosa), Vietnam, Coreia do Sul e Índia foram os principais destinos dos produtos.

Segundo principal exportador goiano, Alto Horizonte, no norte do Estado, enviou ao exterior a cifra de US$ 338,553 milhões, proveniente da produção de minério de cobre e seus concentrados. O produto foi vendido para a China (51,5%), Chile (20,5%), Japão (19,66%), Canadá (3,86%) e Estados Unidos (3,47%).

Na terceira posição aparece Itumbiara, no sul do Estado, que colocou no mercado externo US$ 298,5 milhões em couros preparados após curtimenta, tortas e resíduos sólidos extraídos do óleo de soja, couros e peles curtidos ou em crosta, soja, milho, óleo de soja refinado, grupos electrogêneos e conversores rotativos e elétricos, farinhas de cereais, ácidos gordos monocarboxilicos industriais e óleos ácidos de refinação, álcoois industriais, sais e hidróxidos de amônio quartenário e lecitinas, bombas para líquidos, partes de motores, produtos a base de cereais, e, motores e geradores elétricos etc. Os principais mercados conquistados pela cidade do sul goiano foram a Holanda, Estados Unidos, China, Vietam, Uruguai, Hungria, Bangladesh, Austrália, Coreia do Sul, Índia, Itália e México.

Situada no Entorno do Distrito Federal, a cidade de Luziânia exportou US$ 243,7 milhões, com destaque para a soja que representou 48,8% do total. Em seguida, aparecem o milho (37,2%), óleo de soja e respectivas frações (8,5%), tortas e outros resíduos sólidos extraídos do óleo de soja (4,2%), além de algodão, carne de aves e outras obras de alumínio. Os principais compradores foram China, Coreia do Sul, Irã, Tailândia, Espanha, Japão, Malásia, Indonésia, Peru e Vietnam.

Carnes
As cidades de Palmeiras de Goiás (Oeste) e Mozarlândia (Noroeste) se destacaram como grandes produtores e exportadores de carnes bovinas. Elas enviaram, respectivamente, US$ 238 milhões e US$ 230 milhões em carnes para diversas regiões do mundo. Enquanto a cidade da região Sul teve como principais países compradores o Irã, Rússia, Egito, Hong Kong, Itália, Chile, Líbano, Holanda, Reino Unido e Argélia, a produção de carnes de Mozarlândia chegou à China, Rússia, Hong Kong, Itália, Chile, Suécia, Jordânia, Cingapura, Irã, Holanda, Filipinas, Espanha, Egito, Líbano, Venezuela, entre outros.

Ferroligas
Barro Alto, situado no Vale do São Patrício, e Ouvidor, no sudeste goiano, estão no ranking dos dez principais exportadores goianos por conta de suas produções do minério ferroligas. Os ferroligas são utilizados nas indústrias automobilísticas, eletroeletrônica, setor hospitalar, química e petroquímica entre outras.

Barro Alto exportou, em 2015, o total de US$ 219 milhões com a venda do produto, principalmente para China, Finlândia, Suécia, Itália, Países Baixos (Holanda), Estados Unidos, Reino Unido, Polônia, Índia e Bélgica. Já Ouvidor exportou US$ 218,8 milhões para os países acima e também para a Coreia do Sul, Turquia, Cingapura, Canadá, Emirados Árabes Unidos, Japão, Taiwan, Rússia e Espanha.

São Simão
O complexo portuário de São Simão colocou a cidade de mesmo nome no ranking das dez maiores cidades exportadoras de Goiás. O porto fica às margens do rio Paranaíba, no ponto extremo norte da hidrovia Tietê-Paraná, da qual faz parte. Localizada em área de grande concentração econômica, a hidrovia é um sistema formado por conjunto de eclusas em cascata, unindo lagos de usinas hidrelétricas situadas nos rios Tietê e Paraná e que abrange, além do Paranaíba, os rios Grande e Paranapanema.

Por lá, foram exportados US$ 214 milhões em tortas e outros resíduos sólidos da extração do óleo de soja, soja (mesmo triturada), sais e hidróxidos de amônio quaternários; lecitinas e outros fosfoaminolípidos; açúcares de cana ou de beterraba e sacarose quimicamente pura, no estado sólido; glicerol em bruto. Os produtos seguiram pela hidrovia para o Porto de Santos, de onde seguiu para 26 países da União Europeia (UE), Ásia, Estados Unidos, África e Canadá.

Para o vice-governador, esta hidrovia tem proporcionado cada vez mais a integração econômica de Goiás com a região Sudeste e com os mercados internacionais.

Anápolis lidera importações
Considerada como um dos principais centros logísticos do país, Anápolis se destacou tanto nas exportações quanto nas importações goianas. A cidade aparece como o quinto maior município exportador do Estado com a soma de US$ 241,5 milhões. Foram exportadas tortas e outros resíduos sólidos extraídos do óleo de soja, soja triturada, veículos aéreos, veículos aéreos e preparações e artigos farmacêuticos.

Mas foi nas importações que o município do centro goiano teve grande participação. Com o registro de US$ 1,697 bilhão nas compras – que representou 50,5% do total das importações goianas – Anápolis aparece como o 23º município brasileiro que mais importou.

O vice-governador e titular da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, José Eliton, atribui os bons números anapolinos à sua logística privilegiada que abriga um porto seco, um dos principais polos farmoquímicos do país, montadoras de automóveis e outras importantes empresas de diversos segmentos. Os principais produtos importados por Anápolis foram sangue humano; sangue animal para usos terapêuticos, 35,4%; partes e acessórios de veículos automóveis, 11,9%; medicamentos, 8,9%; automóveis de passageiros e outros veículos automóveis, 8,8%; além de compostos heterocíclicos, motores de pistão, derivados orgânicos da hidrazina e hidroxilamina, e antibióticos.

Catalão, com importações de US$736,4 milhões e Aparecida de Goiânia, com US$ 311,4 milhões, completam a lista dos três maiores importadores goianos. Catalão recebeu automóveis de passageiros, 23,3%; partes e acessórios de veículos, 22,4%; adubos e fertilizantes, minerais, químicos – potássicos ou azotados; motores de pistão, máquinas e aparelhos para colheita ou debulha de produtos agrícolas e enxofre etc. Aparecida de Goiânia importou medicamentos; hormonas, prostaglandinas, tromboxanos e leucotrienos; reagentes de diagnóstico ou de laboratório; preparações e artigos farmacêuticos; polímeros acrílicos; sangue humano; sangue animal preparado para usos terapêuticos, compostos heterocíclicos etc.

A Alemanha foi a principal origem das importações goianas. Os produtos comprados do país europeu representaram 14% do total importado por Goiás. Coreia do Sul, 13,7%, Estados Unidos, 13,3%, Japão, 12,9%, China, 9%, Suíça, 4,7%, Tailândia, 4,2%, Índia, 3,1%, Canadá, 2,7%, Rússia, 2,3%, fecham a lista dos principais fornecedores internacionais.

O vice-governador esclarece que os três municípios que lideram as importações são locais que abrigam os principais polos industriais do Estado. “Nessas cidades, estão concentradas multinacionais e importantes grupos do segmento empresarial”. Mas Eliton ressalta que, hoje, já se observa uma grande desconcentração com as novas empresas que estão chegando e que estão aproveitando os incentivos e benefícios concedidos pelo governo de Goiás para se instalarem em outras regiões. Segundo ele, cerca 80 cidades goianas atuaram no mercado internacional em 2015. “Além de aumentar o quantitativo de municípios que atuam nesse mercado, estamos trabalhando fortemente para que cada vez mais possamos vender produtos com maior valor agregado”, disse.

Balança comercial 2015
A balança comercial goiana fechou o ano de 2015 com superávit comercial (saldo positivo) de US$ 2,515 bilhões, apenas 1,7% abaixo do recorde histórico registrado em 2014. O resultado alcançado é fruto das exportações que somaram US$ 5,878 bilhões e importações que totalizaram US$ 3,363 bilhões.

Os números obtidos permitiram que o saldo goiano representasse uma fatia de 12,7% de participação na balança comercial brasileira. “É uma participação expressiva”. afirmou José Eliton.

A Ásia foi o principal mercado comprador dos produtos goianos. Os países asiáticos receberam 49% das exportações goianas, com destaque para a China que respondeu por 26% do total das exportações goianas. A Índia comprou 4,5%, Coreia do Sul, 3,5%, Hong Kong, 3%, e Vietnam, 2,9%. A União Europeia foi responsável por 21,5%, com participação de 10,2% da Holanda e de 2,8% da Itália. O Oriente Médio foi o terceiro principal mercado. Eles receberam, em 2015, 9,4% dos produtos goianos exportados. Destaque para o Irã que comprou carnes e de aves, milho e soja. A África (4,8%), Europa Oriental (4,3%) e demais blocos (10,4%) completam o destino das exportações goianas.

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