A Secretaria da Mulher da Câmara escolheu ontem as pessoas que receberão a medalha Mietta Santiago em 2018. A condecoração foi criada neste ano para homenagear iniciativas relacionadas aos direitos das mulheres e é entregue anualmente em março, em comemoração ao Dia Internacional da Mulher (8).
Receberão a homenagem no próximo ano:
- a juíza Sueli Zeraik de Oliveira Armani, que desenvolve um trabalho em Taubaté para preparar presos e presas para seu retorno ao convívio em sociedade.
A magistrada foi indicada pela deputada Pollyana Gama (PPS-SP). - a professora Helley de Abreu Silva Batista, que morreu no incêndio ocorrido na creche de Janaúba (MG) Gente Inocente tentando salvar as crianças.
A professora foi indicada pelos deputados de Minas Gerais Saraiva Felipe (PMDB) e Raquel Muniz (PSD). - a artista Joana D ´Arc da Silva Cavalcante, que lidera o grupo de maracatu Baque Mulher, composto apenas por mulheres, cujo tema central é o combate à violência de gênero.
A artista foi indicada pela deputada Luciana Santos (PCdoB-PE). - a médica legista Maria Letícia Fagundes, que fundou organização Mais Marias, que busca combater a violência contra mulheres por meio da divulgação de informações sobre a Lei Maria da Penha (11.340/06).
A médica foi indicada pela deputada Leandre (PV-PR).
Neste ano, a homenagem foi concedida a Mietta Santiago (1903-1995), representada pelo filho Huldo Santiago Manso Pereira, e ao juiz Ben-Hur Viza, coordenador do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar do Distrito Federal.
História
Mietta Santiago é o pseudônimo de Maria Ernestina Carneiro Santiago Manso Pereira. Nascida em Varginha (MG), ela questionou, por meio de um mandado de segurança em 1928, a proibição do voto feminino no Brasil, afirmando que isso violava a Constituição então vigente, que não vetava esse voto. Conseguiu assim o direito de votar e o de concorrer ao cargo de deputada federal.
Da Redação – ND