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Presidente do CONDIR denuncia falta de repasse de alimentos para merenda escolar

O presidente do Conselho de Diretores de Escolas Municipais e CMEIs de Goiânia (CONDIR), Diego Monteiro, denunciou nesta segunda-feira, 1, em depoimento à Comissão Especial de Inquérito (CEI) que investiga a Educação, que a Prefeitura de Goiânia fez apenas um repasse de alimentos no primeiro semestre. Segundo ele, muitas escolas não forneceram lanche nas últimas semanas, porque o dinheiro que é repassado para complementar a merenda foi insuficiente. A previsão, de acordo com ele, é que os alimentos sejam entregues no final de agosto.

Diego reclamou também da falta de diálogo por parte da Secretaria Municipal de Educação. “As mudanças chegam às escolas por meio de ofício, sem que os diretores sejam ouvidos. Diminuíram demais o número de servidores administrativos e também há déficit no número dos professores. Só na minha escola, seis estão de licença médica”, afirmou. A estrutura física das escolas, segundo Diego, está comprometida. Há casos em que o laboratório de informática é alagado sempre que chove. O diretor disse que o Condir não foi ouvido sobre as salas modulares e que seria contra, já que o valor de construção é quase o mesmo das de alvenaria, que são mais seguras e duráveis. Questionado pela vereadora Dra. Cristina (PSDB), relatora da CEI, sobre a transferência de diretores para outras unidades escolares, o presidente do CONDIR declarou que não participou das discussões e que o caso pode ser levado ao Ministério Público.

A CEI também ouviu a presidente do Conselho Municipal de Alimentação Escolar, Kátia Regina Neres Reis, que garantiu que as prestações de conta foram aprovadas sem ressalvas. De acordo com ela, o conselho visitou as escolas e não constatou problemas com relação à merenda. A única reclamação, por parte de três escolas, teria sido o recebimento de carne gordurosa. A orientação foi a de não receber alimentos com essas características. Sobre o arroz comprado pela secretaria, ela disse que não tem conhecimento dos valores acima de mercado e sabe somente que ele é de agricultura familiar, por determinação da lei. Por falta de estrutura, segundo Kátia, o conselho visita apenas sete escolas por mês.

A CEI da Educação volta a se reunir na próxima segunda-feira, 8, às 9 horas, na Sala das Comissões da Câmara Municipal de Goiânia. A previsão é de que o secretário Marcelo Ferreira da Costa seja ouvido no início de agosto.

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