Sociedade

Pai é condenado, durante Justiça Ativa, por dar chineladas nas nádegas da filha de 26 anos

Por ter dado chineladas nas nádegas da filha de 26 anos, um vigilante, 55, foi condenado a três meses de detenção. A sentença foi proferida pelo juiz Felipe Levi Jales Soares, durante a realização do Programa Justiça Ativa, que está sendo realizado na comarca de Águas Lindas de Goiás e que, na última terça-feira (12),  efetuou audiências apenas em processos relacionados à violência doméstica, com o agendamento de 147 processos dessa natureza. Contudo, a pena privativa de liberdade do vigilante foi suspensa pelo prazo de dois anos, mediante o cumprimento de algumas condições, como por exemplo, de não se aproximar menos de 200 metros da filha.

Conforme a denúncia oferecida pelo Ministério Público de Goiás (MPGO), no dia 17 de julho de 2016, no Jardim da Barragem II, em Águas Lindas de Goiás, o vigilante, mediante golpes com uma sandália, causou lesões nas nádegas da filha, segundo atesta relatório médico. Segundo os autos, tudo começou quando o pai e a filha estavam em casa, por volta das 23 horas. Após a intervenção da moça durante uma discussão familiar sobre o horário em que o seu irmão menor poderia assistir televisão, o pai, irritado com a ingerência, a puxou pelos braços, retirou suas calças e, de posse de uma sandália, bateu em suas nádegas. Ele foi denunciado por lesão corporal.

A moça não mora mais com o pai. Saiu de casa imediatamente após a agressão e foi ela quem fez a denúncia na delegacia da cidade, afirmando que, em virtude das pancadas, teve hematomas nas nádegas e que não tinha sido a primeira vez o seu pai “batia” nela.

O vigilante terá de cumprir outras condições como de não ausentar-se da comarca onde reside, sem autorização judicial, por oito dias consecutivos e comparecer mensalmente a juízo, para informar e justificar suas atividades.

Estatística

Em seu primeiro dia de trabalho, iniciado na segunda-feira (11), o Justiça Ativa em Águas Lindas de Goiás realizou 144 audiências de instrução e julgamento referentes a porte ilegal de arma e violência doméstica contra a mulher. Deste montante, foram computados 81 feitos relacionados a porte de arma, 53 de violência doméstica e 10 outros de natureza diversa, a exemplo de lesão corporal.

Foram agendados para os três dias do evento 442 audiências criminais, quase a metade envolvendo casos de violência doméstica. O mutirão termina nesta quarta-feira (13), e conta com a colaboração de 10 juízes.

Fonte: TJ-GO

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