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Servidores estaduais dão exemplo de amor ao próximo em meio à pandemia do coronavírus

Os funcionários públicos estaduais estão demonstrando sensibilidade neste período de pandemia. Com o incentivo do Governo de Goiás, muitos servidores trocaram salas climatizadas e computadores pelo trabalho pesado de recebimento e distribuição de cestas básicas. Muitos atuam como voluntários do Gabinete de Políticas Sociais (GPS) na entrega de doações para os municípios. Outros ajudam a Organização das Voluntárias de Goiás (OVG) na distribuição dos alimentos nos bairros de Goiânia. As frentes de trabalho para os carregamentos de cestas básicas estão divididas em dois pontos: no Ginásio Goiânia Arena e na Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Os servidores reforçam o time da Campanha de Combate à Propagação do Coronavírus, com muita dedicação. A participação deles na ação está prevista no decreto nº 9.655, do Governo de Goiás. Na decisão, o governador Ronaldo Caiado deixa bem claro que aqueles que se encontram no grupo de risco de contágio da Covid-19, como idosos, pessoas com pressão alta e diabetes não podem participar das frentes humanitárias. A Secretaria de Estado de Administração (Sead) enviou circular a todos os órgãos estaduais com orientações e ficha de inscrição para quem se interessar em ajudar.

O gerente de Práticas Paradesportivas e Paralímpicas da Secretaria de Esporte e Lazer (Seel), João Batista Turíbio de Sena, 51 anos, atendeu ao chamado e está impressionado com a adesão dos funcionários públicos. Ele conta que o Goiânia Arena já recebeu, em um único dia, cerca de 70 voluntários. Por lá, o trabalho é duro, muitas vezes braçal: montar pallets, carregar cestas básicas, dirigir empilhadeiras, fazer a contagem e etiquetar cestas.

A dedicação da turma começa às 7 horas da manhã e, geralmente, vai até as 19 horas, de segunda a sexta-feira. “Ajudar o outro, nesse momento tão delicado, é uma satisfação pessoal muito grande. Não há o que pague participar de ações que podem transformar a vida do próximo”, diz João Batista, um dos voluntários.

Liberada da função de gerente de Eventos da Seel, Ana Paula Fernandes Villac, 47 anos, não vê a mãe há duas semanas. Ela resolveu se juntar aos voluntários da Campanha de Combate à Propagação do Coronavírus. “Mudei de casa, pois estou tendo contato com muita gente e poderia contaminar minha mãe, que faz parte do grupo de risco. Ofereci minha mão de obra e passei a ajudar na logística da distribuição das cestas básicas que estão sendo enviadas ao interior do Estado”, conta.

Ana Paula já colaborou para o carregamento de cerca de 90 caminhões. Seguindo determinação do Governo de Goiás, os veículos partem rumo aos 246 municípios goianos levando a carga que vai garantir segurança alimentar de muitos goianos, entre eles idosos e crianças.

Voluntários nas ruas
Os servidores estaduais também estão participando da entrega das cestas básicas de casa em casa, tomando os devidos cuidados, com uso da máscara facial e evitando gerar aglomerações. O chefe de Transporte da Secretaria de Cultura (Secult), Roberto Rodrigues Dias de Lima, 40 anos, é um dos servidores que descobriu no distanciamento social provocado pela pandemia, uma chance de praticar o bem.

Ao lado de outros voluntários, Roberto já percorreu quase todas as regiões de Goiânia, entregando produtos de higiene e cestas básicas para muitas famílias que estão com a despensa vazia. Mais do que isso, ele faz questão de contar “que o pacote vem acompanhado de empatia e solidariedade”.

“Em algumas ruas, o caminhão nem consegue passar porque não tem asfalto. Então, carregamos as cestas. Um trabalho braçal, que é totalmente recompensado quando nos deparamos com gente que vive em situação de extrema precariedade, isoladas. Acredito que o ganho maior é nosso: apendemos a dar mais valor à vida”, avalia Roberto Dias.

“Uma experiência emocionante.” É assim que a servidora pública Melissa Siqueira Borges, 24 anos, define o desafio de caminhar quilômetros a pé para entregar cestas básicas. “Em algumas casas as famílias são numerosas, são muitas as crianças. Os olhos delas chegam a brilhar com a oportunidade de tomar um copo de leite e comer uma bolacha.”

Presidente de honra da OVG e coordenadora do Gabinete de Políticas Sociais, a primeira-dama Gracinha Caiado comenta que a Campanha de Combate à Propagação do Coronavírus é uma demonstração de que a história da Organização está sendo reconstruída. “Seguimos resgatando e mantendo a essência do voluntariado. De mãos dadas com aqueles que acreditam na força da união, estamos construindo um Estado mais solidário e fraterno. Agradecemos, de coração, a todos os parceiros e voluntários que nos ajudam nesse grave momento da pandemia”, ressalta.

A diretora-geral da OVG, Adryanna Melo Caiado, reforça o quanto essa união de forças é importante. “Trabalhamos pelo amor. É muito lindo ver a dedicação de cada um que deixa sua casa e se junta a nós. A OVG é isso: fraternidade, partilha, uma ligação de pessoas para ajudar a quem mais precisa”, afirma.

Fotos: João Batista Turíbio de Sena, servidor da Seel, e Roberto Dias Rodrigues de Lima (de chapéu), da Secult: voluntários na Campanha de Combate à Propagação do Coronavírus promovida pela OVG

 

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