A Operação Insone, integrada pelas forças de segurança pública de Goiás e pelo Ministério Público goiano, começou a cumprir, nesta quinta-feira (23/11), 87 mandados de prisão em 52 municípios goianos. Por meio de entrevista coletiva, realizada hoje de manhã no Centro Integrado de Inteligência Comando e Controle (CIICC) da Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária (SSPAP), representantes das instituições envolvidas prestaram esclarecimentos para a imprensa sobre a operação.
A maioria dos mandados é contra criminosos que já estão presos, continuavam a cometer crimes de dentro da cadeia, e que já estavam prestes a serem colocados em liberdade, afirmou o delegado Breynner Cursino, titular da Delegacia Estadual de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) e coordenador das investigações. Segundo ele, pela manhã já haviam sido cumpridos 90% dos mandados expedidos pelo Poder Judiciário. Os acusados são suspeitos de crimes que envolvem furtos, roubos, homicídios e tráfico de drogas.
Breynner lembrou que as investigações contra associações criminosas são contínuas e em breve outras devem ser levadas a público. “As informações e provas trazidas pela Polícia Militar, pela Administração Penitenciária e pelos serviços de inteligência têm sido imprescindíveis para o sucesso das operações”.
Para o delegado-geral da Polícia Civil, Álvaro Cássio dos Santos, a parceria entre as várias instituições demonstra que a integração é o melhor caminho para combater a criminalidade. “O trabalho integrado é uma importante ferramenta para desarticular as grandes organizações criminosas”, disse.
O subcomandante geral da Polícia Militar (PM), coronel Carlos Antônio Borges, informou que coube à PM também reforçar o policiamento em todas as comarcas onde ocorreu a ação policial, para garantir a tranquilidade da sociedade e o funcionamento das instituições. “Até agora tudo está dentro da normalidade”, garantiu.
“A realização desta megaoperação demonstra que o estado não está apático em relação ao crime organizado. É um trabalho longo. O mapeamento é feito diuturnamente”, ressaltou o tenente-coronel Newton Castilho, superintendente executivo de Administração Penitenciária da SSPAP.
Ministério Público
O desenrolar de toda a operação teve a participação do Ministério Público de Goiás (MPGO). A promotora de Justiça Gabriella de Queiroz Clementino, integrante do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), destacou que a operação é fruto de anos de trabalho e sempre contou com o acompanhamento do MP goiano. “Os bons resultados mostram que o Estado está atento e busca incessantemente a condenação de criminosos”, observou.