Último boletim epidemiológico do Estado de Rondônia aponta mais de 11,4 mil casos confirmados da doença; fique atento aos principais sintomas
O período de chuvas na região Norte, que se estende de outubro à abril, acende o alerta para o combate e prevenção de arboviroses, como por exemplo, a dengue. De acordo o último boletim da Agência Estadual de Vigilância em Saúde de Rondônia (Agevisa), de 10 de dezembro de 2022, o estado contabilizava 11.457 casos confirmados da doença. O dado é 602% maior em relação ao mesmo período do ano anterior.
Esse aumento de infectados já é perceptível no atendimento de unidades de saúde como o Hospital Bom Pastor, em Guajará-Mirim, que no mês de dezembro atendeu dezoito casos da doença, mais que o dobro do mês anterior, quando foram apenas sete.
O documento também coloca 13 municípios de diversas regiões em estado de risco para a doença, e outros 21, entre eles Guajará-Mirim, em alerta. O cálculo, baseado na metodologia LIRAa (Levantamento Rápido de Índices para o Aedes aegypti), permite o conhecimento, por amostragem, da quantidade de imóveis com a presença de recipientes com larvas do mosquito, que é o transmissor da Dengue e outras doenças como Chikungunya, Febre pelo vírus Zika e Febre Amarela.
A dengue é uma doença febril aguda causada por vírus transmitidos pela picada do mosquito aedes aegypti, que se reproduz usando a água parada. Para que mosquito possa se proliferar, as fêmeas precisam de um ambiente quente e úmido, “características do clima de Rondônia nesse período, por isso, é necessário ficar atento e eliminar qualquer possível criadouro do mosquito”, destaca Juan Carlos Boado, diretor Técnico do Hospital Bom Pastor.
Pertencente à Pró-Saúde, a unidade é referência assistencial em obstetrícia, pediatria, ginecologia, clínica médica e cirúrgica, possuindo ainda estrutura voltada especialmente para a assistência à população indígena, prestando atendimento gratuito por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), mediante contrato com entes públicos.
Atenção aos sinais de alerta
· Febre alta com início súbito (39° a 40°);
· Agitação;
· Dor atrás dos olhos ;
· Forte dor de cabeça;
· Perda do paladar e apetite;
· Cansaço extremo;
· Náuseas e vômitos persistentes;
· Dor nos ossos e articulações;
· Dor abdominal.
Existem quatro tipos de dengue e três classificações de sua evolução. A progressão da doença é benigna em sua forma clássica, e grave quando há quadros de hemorragia e choque. Nos casos de dengue hemorrágica, a evolução do quadro é rápida. “Geralmente, após a febre, surgem os sinais de alerta como hemorragia, manchas vermelhas na pele, vômitos persistentes, sangramentos (pelo nariz, boca e gengivas) e dificuldade respiratória”, explica o médico.
A principal forma de prevenção dessas doenças é combater o aedes aegypti. Para isso, evite o acúmulo de água em objetos como vasilhas, pratos de plantas, pneus, garrafas, calhas, caixas d’água e cisternas. “Uma tampinha de garrafa já é suficiente para a proliferação do mosquito. Por isso, é importante verificar semanalmente a casa e as áreas externas, para retirar qualquer objeto que possa acumular água”, enfatiza Juan.
De acordo com o especialista, é importante adotar também cuidados adicionais com a família, “como o uso de relentes, roupas que cubram a maior parte do corpo e uso de telas em janelas e portas”, complementa o diretor.
Comunicação – Pró-Saúde