Em palestra para empresários, investidores e agentes públicos ministrada no final da tarde desta segunda-feira em Goiânia, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou que a economia de Goiás está crescendo fortemente e que a expansão do emprego registrada no ano passado é uma tendência que deve se confirmar durante 2018. “Percebemos em Goiás uma evolução muito forte, voltando, inclusive, aos índices econômicos de 2013, antes da crise. Ou seja, a economia de Goiás cresceu muito”, afirmou Meirelles, enfatizando que os números, aferidos pelo Banco Central, são “inquestionáveis”.
Em entrevista ao portal de notícias A Redação, após a palestra, Meirelles disse que “Goiás saiu da crise e está crescendo forte, mas vai demandar um tempo para a população sentir isso”, movimento que ele classificou como rotina nos processos de retomada do crescimento econômico. “É normal e acontece no Brasil todo. As pessoas começam a se sentir cada vez mais seguras”, disse o ministro da Fazenda, que afirmou a retomada do crescimento ocorre em todo o País mas é mais acelerada em Goiás.
O portal perguntou ao ministro se Goiás está indo bem no “quesito emprego”. “Muito bem. Goiás está criando vagas de emprego e esse número tende a aumentar”, ao que respondeu o ministro, em referência aos números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que mostra que o Estado ficou em segundo lugar no ranking nacional do saldo de empregos em 2017. Os dados sobre os investimentos, o emprego e a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) mostram que o Estado de fato saiu da crise.
Resultado da força da economia e dos investimentos e incentivos do governo Marconi Perillo, Goiás encerrou o ano de 2017 com estoque positivo de 25.370 vagas de trabalho formais abertas, com crescimento 2,14% na comparação com o ano anterior. O resultado colocou a goiana em segundo lugar no ranking nacional de geração de empregos com carteira assinada, atrás apenas de Santa Catarina (saldo de 29.441). Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego e representam a diferença entre as contratações (577.658) e demissões (552.288) no período.
De janeiro a setembro deste ano de 2017, o Produto Interno Bruto (PIB), soma de todas as riquezas geradas, subiu três vezes mais que a média brasileira, no comparativo com o mesmo período de 2016: 1,9%, diante de 0,6%, respectivamente. As estimativas do PIB trimestral goiano são calculadas pelo Instituto Mauro Borges de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (IMB), da Secretaria de Gestão e Planejamento (Segplan).
Em valores correntes, para o acumulado dos três primeiros trimestres deste ano o IMB/Segplan estima que em Goiás as riquezas produzidas atingiram R$ 139,53 bilhões e mostra que está ocorrendo um aumento gradativo desses valores a cada três meses. “Isso demonstra, mais uma vez, que a economia goiana realmente está superando a crise econômico-financeira que abalou todo o País nos últimos anos, e que vamos fechar 2017 com dados estatísticos muito positivos”, avalia a superintendente do IMB, Lillian Maria Silva Prado.
O estudo também demonstra que o PIB goiano cresceu bem acima do restante do País nos três primeiros trimestre do ano. De janeiro a março, a alta foi de 0,3%, enquanto no Brasil houve estabilidade. De abril a junho, Goiás cresceu 1,2% e, o Brasil, 0,4%. Já de julho a setembro, último período consolidado, o PIB goiano saltou 3,3%, contra 1,4% da média nacional.