O Tribunal do Júri condenou, na sexta-feira (15/9), Hélio Ferreira da Silva Júnior a 7 anos e 6 meses de reclusão pela morte de Jéssica Correia de Queiroz, atropelada por ele, que se encontrava embriagado, no dia 16 de abril do ano passado. A acusação foi feita pelo promotor de Justiça José Eduardo Veiga Braga Filho, em sessão presidida pelo juiz Eduardo Pio Mascarenhas de Silva.
Os jurados acolheram argumentação do MP, reconhecendo a materialidade das lesões sofridas pela vítima, atribuindo a autoria do delito ao réu. Os jurados entenderam que Hélio Ferreira da Silva Júnior assumiu o risco de produzir o resultado da morte. O promotor de Justiça havia requerido a condenação do réu pelo crime de homicídio, enquanto a defesa pediu a desclassificação do crime para homicídio culposo.
Homicídio
De acordo com a denúncia do MP, no dia 16 de abril de 2016, por volta das 21 horas, Hélio conduzia seu veículo na Avenida 85, nas proximidades da sede do Goiás Esporte Clube. Na mesma avenida, a vítima pilotava uma moto, no sentido Serrinha-Centro. Ao se aproximar do cruzamento com a Rua T-60, onde há sinalização por semáforo, ela, que estava na faixa da esquerda, diminuiu a velocidade, uma vez que o sinal estava vermelho e já havia carros parados à frente. Hélio, que dirigia embriagado, no mesmo sentido e faixa, não freou o carro e, com essa conduta, assumiu o risco de matar qualquer pessoa que ali se encontrasse.
Assim, Hélio bateu violentamente a frente do seu carro com a parte traseira da moto de Jéssica que, com o impacto foi arremessada por muitos metros à frente, caindo já no meio do cruzamento entre as duas vias.
Em seguida a esse impacto inicial, Hélio ainda bateu seu carro na traseira direita de um outro veículo, que estava parado na faixa central aguardando a abertura do semáforo, tendo, depois, subido a calçada e batido na mureta da sede do clube e em uma árvore, parando, finalmente, atravessado na pista.
Segundo a denúncia, o Corpo de Bombeiros constatou a morte da vítima ainda no local, enquanto Hélio foi encaminhado ao Hospital Jardim América, sendo evidenciado, por teste de alcoolemia, o valor de 1,40 mg/L, razão pela qual foi preso em flagrante. A denúncia foi oferecida pelo promotor de Justiça Rodrigo Félix Bueno, no dia 29 de abril do ano passado.
(Texto: Assessoria de Comunicação Social do MP-GO )