O governador José Eliton reagiu com perplexidade à notícia de que o senador e pré-candidato ao governo de Goiás, Ronaldo Caiado, tentou barrar um empréstimo da Caixa Econômica Federal para o governo de Goiás no valor de 510 milhões, já inclusive aprovado pela Assembléia Legislativa.
O empréstimo seria usado em obras do Programa Rodovida Estruturante, executado pela Agência Goiana de Transporte e Obras Públicas.
Em discurso na inauguração de mais uma obra do governo estadual, o Centro Estadual de Atenção ao Diabetes (CEAD), em Goiânia, José Eliton se disse perplexo com a atitude do senador Caiado, que convocou Eduardo Guardia, ministro da fazenda e Nelson Souza, presidente da Caixa, para que esclareçam o empréstimo.
Segundo o pré-candidato do Democratas, Goiás não teria capacidade de pagamento para honrar o empréstimo.
Indignado, José Eliton disse que até entenderia tal atitude vinda de um senador de outro estado, mas que jamais esperaria que um senador goiano trabalhasse dessa forma, abertamente contra os interesses do povo goiano, que ficará sem o crédito, cujo recurso será utilizado para construir rodovias, melhorar a infraestrutura e construir equipamentos sociais e médicos, como é o caso do CEAD.
O governador disse que Caiado teve uma atitude deplorável, típica de alguém que está colocando seus interesses eleitorais e suas ambições pessoais acima do bem-estar dos goianos:
– Ele está achando que, com isso, vai prejudicar o José Eliton. Ledo engano dele. Ele está prejudicando milhares de famílias goianas, que se eventualmente não tiver operação (de crédito) como essa, nós não teremos como continuar com obras importantíssimas em cada canto deste estado. – Disse o governador.
Caiado defendeu-se dizendo que seu objetivo é evitar o endividamento do estado, mas o governador afirmou que tem cumprido o programa de ajuste fiscal e que a maior prova disso é o equilíbrio das contas públicas de Goiás:
– Eles não suportam, na verdade, é que Goiás continua pagando em dia os seus servidores, continua construindo obras, entregando benefícios sociais.
No fim, o eleitor goiano terá que decidir com quem está a razão.