O número de roubos e furtos em propriedades rurais no interior de Goiás aumentou mais de 30% em comparação com o ano passado. Até o início do mês de dezembro foram registrados 5.320 casos de violência na zona rural, ante 4.077 casos de violência no mesmo período do ano passado. O número é consideravelmente maior do que o contabilizado pela Secretaria Estadual de Segurança Pública e Administração Penitenciária (SSPAP) no ano anterior. No entanto, entidades que representam produtores rurais apontam que o aumento da violência pode estar relacionada ao movimento pró-reforma agrária.
Essa tese é a defendida pelo assessor jurídico da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), Augusto César Andrade. Segundo ele, foi criada uma patrulha comunitária rural para melhorar a segurança, mas ele reconhece que nos últimos meses os casos de furto e roubo se tornaram corriqueiros. “O programa, que é em parceira com a Polícia Militar, tem intenção de melhorar a segurança no campo”, afirma o assessor jurídico, acrescentando que a insegurança está em todos os setores da sociedade. “A violência não é exclusividade da zona rural”, diz.
Os ladrões têm como alvo os insumos que são encontrados nas fazendas. Nesta época do ano, cuja safra já está despontando, os proprietários rurais ficam atentos às possíveis práticas de violência que podem ocorrer em suas fazendas. De acordo com a Faeg, as patrulhas rurais – que deveriam coibir a presença de criminosos – são ineficientes, pois elas têm de fiscalizar algo em torno de quatro a cinco municípios.
Fonte: Faeg