Com o propósito de manter a unidade entre os elos do setor leiteiro goiano, proporcionar maior transparência no desenvolvimento de ações e fortalecer toda a cadeia produtiva no Estado, o governador Ronaldo Caiado e o secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Antônio Carlos de Souza Lima Neto, se reuniram nesta quarta-feira (08/07) com representantes de produtores e de indústrias de laticínios que integram a Câmara Técnica e de Conciliação da Cadeia Láctea de Goiás, assim como do Instituto Mauro Borges (IMB).
Durante a reunião – que ocorreu de forma virtual, devido às medidas de segurança e isolamento social para evitar a disseminação do novo coronavírus (Covid-19) –, os participantes concordaram em manter o indicador para cálculo de referência do preço do leite, criado pela Câmara em dezembro de 2019. Chamado de Índice de Preços de Derivados Lácteos, o indicador é calculado, pelo IMB, a partir da variação dos preços de uma cesta de produtos lácteos que representa o mix médio de derivados produzidos pelos laticínios no Estado de Goiás. A divulgação do índice ocorre todo mês, por meio do Boletim de Mercado do Setor Lácteo Goiano.
O motivo para reavaliar o índice é que houve um desacordo entre indústria e produtores nos dois últimos meses, devido à variação mensal do índice, causada pelos impactos da Covid-19 no mercado. Porém, por consenso, tanto indústria quanto produtores definiram pela continuidade da metodologia. Segundo o governador Ronaldo Caiado, essa concordância pela prevalência do indicador, que permite uma previsibilidade do preço do leite, é um avanço relevante para Goiás. “É um acordo entre dois segmentos importantes para a economia do Estado e revela a maturidade do setor. Estipular parâmetros e metodologias proporciona estabilidade para a cadeia. Além disso, seguir o que estava acertado vai dar mais segurança às partes, assim como transparência, cooperação e competitividade à cadeia do leite em Goiás”, destacou.
Caiado reforçou ainda a relevância do setor leiteiro, que está presente nos 246 municípios do Estado, e da atuação de produtores e das indústrias de laticínios para o desenvolvimento da agropecuária estadual. “Hoje há um reconhecimento interno da qualidade do produto goiano e também mundo afora, por causa das exportações. E agora, em tempos difíceis, tenho certeza que o setor primário será o único capaz de sair da crise”, avaliou.
Integração
O secretário Antônio Carlos de Souza Lima Neto recordou que as reuniões, que resultaram na criação da Câmara Técnica e de Conciliação, começaram há quase um ano e desde então alcançaram importantes avanços. “Em agosto do ano passado, estivemos todos juntos e demos o pontapé inicial para promover essa integração do setor leiteiro goiano. Foi um importante passo, que tem sido fortalecido a cada mês, e um ponto positivo é a criação do indicador para o cálculo de referência do preço do leite. Agora, estamos reunidos novamente com o objetivo de evitar qualquer problema e possibilitar que essa parceria possa desenvolver cada vez mais o segmento no nosso Estado”, destacou.
Presidente da Comissão de Pecuária de Leite da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), Vinícius Correia agradeceu ao governador Ronaldo Caiado pelo apoio ao setor e, principalmente, por ter trabalhado para possibilitar a criação da Câmara Técnica e de Conciliação. “Buscávamos a criação do índice e ganhamos uma Câmara voltada para o segmento e que a cada dia ganha mais maturidade. Essa ferramenta proporciona mais estabilidade tanto para indústria quanto para produtores”, enfatizou. De acordo com ele, com essa atuação focada na união da cadeia leiteira, Goiás já é referência nacional. “Pessoas de outros estados têm nos procurado para saber mais sobre o índice. Foi uma importante ação que tem permitido que a gente possa andar de mãos dadas e obter ganho exponencial”, ressaltou.
O presidente do Sindicato das Indústrias de Laticínios no Estado de Goiás (Sindileite), Alcides Augusto da Fonseca, reforçou que as políticas adotadas em 2019 pelo Governo de Goiás, por meio da atuação da Seapa e do IMB, contribuíram para acabar com as divergências que existiam entre os integrantes do setor em Goiás. “A Câmara Técnica é um exemplo. Foi criada a partir de discussões entre os representantes da cadeia. De lá para cá, tivemos avanços, mas entendemos que é possível sempre aprimorar as ferramentas e que o índice seja balizador, orientativo e que reflita a realidade do setor. Portanto, a orientação do Sindileite é seguir as definições da Câmara”, informou.