Sociedade

Gigante italiana anuncia investimentos na Celg Distribuição

Aporte será feito no decorrer dos próximos anos e tem como objetivo principal melhorar a qualidade da distribuição de energia; Celg D já recebeu R$ 700 milhões em investimentos após a privatização
 A Enel, gigante italiana do setor elétrico, fará investimentos de 560 milhões de euros (R$ 2,218 bilhões) na Celg D nos próximos anos, informa reportagem do jornal Valor Econômico desta quarta-feira (22/11). O aporte na distribuidora, comprada pela Enel em dezembro de 2016, corresponde a 32% do valor total a ser aplicado pela companhia italiana em suas subsidiárias no Brasil, informou o presidente mundial da companhia, Francesco Starace, em encontro com jornalistas em Londres. A Celg D já recebeu R$ 700 milhões em investimentos após a privatização.
Os investimentos anunciados por Starace estão incluídos na fatia privada de recursos do programa Goiás na Frente, e o anúncio, feito na terça-feira (21/11), confirma o compromisso de aposta na expansão da Celg D estabelecido pela Enel Brasil com o governador Marconi Perillo. O aporte, segundo os executivos da empresa, tem como objetivo reduzir em três pontos porcentuais o índice de perdas totais de energia (12% para 9%) e em 40% o tempo de duração das interrupções (de 1.722 para 1.043 minutos).
A garantia de investimentos na melhoria da distribuição foi incluída nas regras da privatização da Celg D, em novembro, por articulação de Marconi. No plano financeiro, a meta da Enel é obter crescimento de 21% do valor da base de remuneração de ativos e economizar R$ 323 milhões com as despesas operacionais da Celg Distribuição. A Enel fará um investimento total de R$ 1,8 bilhão de euros no Brasil (R$ 7 bilhões) e de 14,6 bilhões de euros (R$ 55,5 bilhões) até 2022. A Celg D já recebeu R$ 700 milhões em investimentos após a privatização.
A Celg Distribuição S.A foi arrematada em 30 de novembro de 2016 pela empresa italiana Enel Brasil, em leilão de privatização na Bolsa de Mercadoria e Futuros (BM&F), em São Paulo, por mais de R$ 2,1 bilhões – ágio de 28%. O preço mínimo da companhia estabelecido pelo leilão era de R$ 1,792 bilhão. Ele foi o resultado da avaliação do valor de mercado da companhia em R$ 4,448 bilhões, menos a dívida de R$ 2,656 bilhões. O governo estadual, proprietário de 49% das ações, recebeu R$ 1,050 bilhão.

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