Cultura

FeNAPI abre chamamento público para artistas de todo o país

Está aberto até o dia 30 de abril, sexta-feira, o chamamento público para a 2ª edição FeNAPI – Arte entre Infâncias, idealizado pela Insensata Cia. de Teatro. No formato online, em razão da pandemia, o evento traz mais uma novidade este ano: além das artes da cena (teatro, dança, circo e performance), a equipe de curadoria selecionará também propostas nas áreas de artes visuais e música. Além dos espetáculos, a programação traz ainda oficinas, seminário, palestras e um painel crítico com textos reflexivos sobre as obras apresentadas. Toda programação será transmitida gratuitamente no Facebook, Instagram e pelo canal do Youtube da Insensata Cia de Teatro.

“Nos últimos seminários que realizamos junto a Insensata Cia de Teatro, tivemos o privilégio de contar com artistas/pesquisadores dedicados às artes visuais, circo, dança, música e teatro, sendo um representante de cada região do país. Foi muito interessante perceber a riqueza e diversidade existente nas produções artísticas para e com as infâncias em âmbito nacional. Este chamamento para a segunda edição só reforça isso. Nesse contexto digital então, as possibilidades de criação foram ainda mais ampliadas. Vamos ter trabalhos conosco que provavelmente não seriam possíveis em uma edição presencial”, explica Keu Freire, idealizador do evento.

Serão selecionadas até 3 (três) obras nacionais3 (três) do interior do estado de Minas Gerais e 3 (três) de Belo Horizonte e região metropolitana. As obras nacionais e estaduais deverão ser preferencialmente inéditas na cidade de Belo Horizonte. A curadoria resguarda o direito de convidar espetáculos não inscritos, caso julgue que os mesmos possam contribuir para a construção reflexiva e conceitual da programação do festival

As inscrições para o chamamento devem ser realizadas via formulário online que se encontra disponível em link na bio do Instagram @fenapibh. Podem se inscrever trabalhos dedicados às infâncias, em diversos gêneros, formatos e linguagens (artes visuais, circo, dança, música e teatro). Todas as inscrições, independente da linguagem e do formato, devem ser realizadas por meio do envio de um vídeo do trabalho artístico. A estruturação do vídeo fica a critério do (s) artista (s). Os grupos/artistas/produtores podem se inscrever mais de uma obra, desde que em formulários separados, como pessoa jurídica (inclusive MEI).

Os espetáculos inscritos serão analisados por uma curadoria composta por Brenda Campos, Carol Fescina e Keu Freire; Entre os critérios, serão considerados aspectos como a diversidade da programação, a valorização da capacidade de reflexão crítica da criança, o cuidado com a experiência estética, as potências artísticas e suas possíveis relações com o contexto de pandemia e isolamento social.

Para Carol Fescina, o festival tem olhar voltado para a diversidade, abarcando questões cronológicas, geográficas, históricas, psicológicas e etc. “Há algum tempo entendo e pratico a curadoria como um exercício de imaginação política. Penso nesse espaço como uma possibilidade de formalização de mundos impossíveis, especialmente quando relacionado as artes para e com as infâncias”.

Para umas das idealizadoras do Festival, a pesquisadora de arte para as infâncias, Brenda Campos, não há como desvincular a criação teatral para crianças da forma como elas são percebidas pela sociedade. Mas revela que ainda é preciso avançar muito: “o território do teatro infantil ainda está carregado de paradigmas e preconceitos arraigados. A partir deles, é possível compreender as concepções de infância hoje, revelando as formas como a sociedade ainda vê a criança”.

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