Agronegócio

Em Goiás, agropecuária criou mais de 5,7 mil novos empregos formais em 2020

FOTO: Wenderson Araujo

Apesar do ano atípico, por causa da pandemia da Covid-19, a agropecuária goiana mantém saldo positivo de contratações em 2020. No acumulado de janeiro a outubro, foram contabilizados 22.550 novos empregos formais no Estado de Goiás, sendo 5.758 na agropecuária (dentro da porteira). O número referente ao campo representa 25,5% das novas vagas, de acordo com análise feita pela Gerência de Inteligência de Mercado da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados pelo Ministério da Economia.

Dentro do agronegócio, no “depois da porteira”, destacam-se as novas vagas criadas pela indústria de alimentos. Foram criadas 4.794 vagas, sendo 2.209 empregos formais gerados na atividade de abate e produção de carnes, 1.198 novos empregos formais gerados na fabricação de conservas de frutas, legumes e outros vegetais e 1.018 novos empregos formais foram gerados na fabricação de açúcar. O agronegócio goiano gera emprego tanto na agropecuária como nos demais setores, já que a agropecuária produz matéria-prima para a indústria e impacta os outros setores da economia, como transporte e varejo.

O secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Goiás, Antônio Carlos de Souza Lima Neto, avalia que os dados do emprego formal, no acumulado de 2020, refletem a força do agro e são resultado das políticas públicas desenvolvidas pelo Governo de Goiás de incentivo à produção e geração de renda. “O resultado do trabalho do nosso produtor garante o abastecimento interno e externo, gerando excelentes indicadores econômicos e com impactos sociais positivos, por meio de geração de novos empregos. A agropecuária no Estado de Goiás tem um forte encadeamento com os demais setores econômicos, sendo a mola propulsora de nosso desenvolvimento”, afirma.

Sazonalidade
A sazonalidade do emprego é intrínseca à agropecuária, de forma que algumas atividades fecharam postos de trabalho em outubro, como o cultivo de cana-de-açúcar e a produção de sementes. A atividade agropecuária registrou fechamento de 838 postos de emprego formal no último mês, explicado pela peculiaridade do setor. Esse número foi puxado principalmente pelos desligamentos de trabalhadores no processo de produção de sementes certificadas, dinâmica recorrente nesta atividade.

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