O líder do Democratas no Senado Federal, Ronaldo Caiado, voltou a pedir a renúncia do presidente Michel Temer e a defender a antecipação de eleições gerais. Em entrevista ao programa Diálogos Com Mário Sérgio Conti, na Globo News, na noite de ontem (06/07), Caiado afirmou que é preciso resgatar o sentimento de legitimidade a governo e Congresso para que o país saia definitivamente da crise.
"Estamos vivendo um momento muito importante com o processo sendo discutido na Câmara e acredito que é hora do presidente Michel Temer tomar uma posição de estadista. Admitir que não pode levar o país com 14 milhões de desempregados a sofrer ainda mais com sua condição. Hoje a única pauta do governo é a sua sobrevivência", criticou Caiado,
Ao ser indagado sobre o temor de parte da população que acredita que a antecipação de eleições pode beneficiar oportunistas, demagogos, ou mesmo extremistas, Caiado afirmou que o país está maduro o suficiente para não cometer os erros do passado.
"É um primarismo temer eleições gerais com medo de candidato. A sociedade brasileira hoje não está indo nas ruas porque não quer nem o Temer, nem o Lula. Já fomos por demais enganados. O Brasil já acreditou em milagreiros, populistas e hoje se vê com 14 milhões de desempregados. Não tenho medo algum de Lula", defendeu.
Credibilidade
Ronaldo Caiado também tratou do momento de pouca credibilidade da política brasileira e da ascensão de candidatos que se apresentam como não-políticos. "Sou contra outsiders que aparecem nesse momento de crise. Sou senador com orgulho e ando de cabeça erguida por todo o Brasil. Não aceito ser medido pela régua do descrédito na política", afirmou.
Coerência
Em dado momento, Mário Sérgio Conti lembrou que a posição do senador foi mantida desde o período do impeachment da presidente Dilma. "Desde antes do impeachment de Dilma, com Congresso e presidente desgastados, refleti que a saída não poderia ser pela improvisação. Não existe na democracia nada criado no Congresso que substitua o apoio popular. A nossa cláusula pétrea deve ser a democracia", assegurou.