Sociedade

Em debate, Vanderlan apresenta propostas e diz que sabe como fazer

Único entre os pré-candidatos a prefeito de Goiânia com experiência à frente de uma prefeitura, o presidente do PSB Metropolitano, Vanderlan Cardoso, disse em debate realizado pela Rádio Sucesso que será capaz de propor soluções já testadas para os muitos problemas que afligem a população da capital.

Muito à vontade, em linguagem clara e simples, o empresário e ex-prefeito de Senador Canedo, Vanderlan Cardoso, priorizou o detalhamento de propostas para o trânsito, o desenvolvimento econômico e o funcionalismo público municipal, entre outros temas, mas não deixou de criticar as falhas de seguidas gestões na cidade, no primeiro debate entre pré-candidatos a prefeito, organizado pela Rádio Sucesso. Empresário não se furtou de falar dos graves problemas que se acumulam na prefeitura mas não deixou de apresentar propostas de solução para todos.

Condenou, em síntese, o modelo de “gestão de empurra” que se instalou em Goiânia nos últimos anos, onde problemas nas áreas do transporte público e da segurança, por exemplo, sempre são dos outros e nunca do prefeito. “É ele quem nomeia o presidente da CMTC (Companhia Metropolitana de Transportes Coletivo, órgão responsável pela gestão do transporte), então é dele a responsabilidade. Precisa ir pra dentro da companhia e só sair de lá depois que o problema for solucionado. Precisa exigir das empresas, no mínimo, o cumprimento do contrato”, destacou.

Vanderlan questionou a incapacidade da atual gestão de manter serviços básicos, como a iluminação pública e criticou o desvio de recursos das multas de trânsito, que deveriam ser investidos no tripé engenharia, educação e fiscalização. “São quase 40 milhões de reais que caem no buraco das contas da prefeitura, enquanto o trânsito é esse caos que tira o sossego da população”, declarou.

Vanderlan questionou veementemente promessas vazias em relação ao funcionalismo público, segundo alvo de promessas em véspera de eleição e esquecido durante a gestão. O pré-candidato afirma que o compromisso primordial de um gestor com seus auxiliares é valorizar os que se esforçam, garantir as ascensões e progressões, titularidades e, fundamentalmente, pagar a data-base, restituindo o poder de compra dos salários.

Vanderlan condenou ainda o acordo entre a prefeitura petista de Goiânia e o governo tucano do Estado para renovar a concessão dos serviços de saneamento da capital para a Saneago, sem que houvesse o aprofundamento do debate ou a garantia de benefícios adicionais aos consumidores do município. “Não houve discussão com a população”, criticou.

Carro chefe de seu programa, o desenvolvimento econômico foi o destaque entre as propostas apresentadas. Vanderlan propõe a criação de polos de desenvolvimento e distritos industriais em pontos distintos da cidade, criando aglomerados urbanos alternativos e criando emprego próximo do local onde o trabalhador reside. Citou, especificamente, a criação um polo de confecções que avance para a produção de moda, e não apenas o comércio de vestuário, para agregar valor aos produtos têxteis.

Para o trânsito, o pré-candidato propôs reverter os recursos das multas em sinalização, semaforização inteligente, fiscalização presente, estudo e reengenharia apontando soluções para dar fluidez e, principalmente, educação constante. “Não é papel da administração gerenciar uma indústria de multas, o objetivo é educar para que o motorista auxilie na construção de um trânsito humano, para que não seja punido financeiramente pela eternidade”, frisou.

Caiado defende aprovação imediata de projeto que permite delegado conceder medida protetiva a mulheres vítimas de violência
 
O líder do Democratas no Senado, Ronaldo Caiado (GO), defendeu a aprovação imediata do PLC 7/2016 que define critérios para o atendimento policial em casos de violência contra a mulher. Caiado questionou senadores do PT e PCdoB que pediram adiamento da votação em plenário e discussão do projeto na Comissão de Direitos Humanos. O texto, que modifica a Lei Maria da Penha, confere prerrogativa ao delegado para determinar medidas protetivas imediatas e temporárias a vítimas de violência. Juízes permanecem com a função de estabelecer as medidas protetivas, porém, o texto garante mais uma opção de segurança para as mulheres. Caiado afirmou se tratar de salvar vidas e abrir mão de questões meramente corporativistas.
 
“Não precisava nem de ser delegado, poderia ser até qualquer cidadão responsável naquela cidade para poder declarar o impedimento do agressor à proximidade da vítima. De repente, querem criar uma situação. Ou não temos comarca instalada, não temos juízes suficientes para isso, e a mulher, até que o juiz decida, vai ficar vitimada e sofrendo, amanhã, o risco de ser violentada ou, muitas vezes, serem assassinadas, como estamos assistindo no País”, argumentou o senador goiano em plenário.
 
O pedido de adiamento da votação foi rejeitado pelo plenário da Casa. O parlamentar reforçou a emergência do projeto para proteger mulheres que várias vezes levam muito tempo para ter acesso a um juiz. “Ora, não tem por que esta discussão. Se tirarmos a discussão do corporativismo, se caminharmos para o bom-senso, ninguém estará invadindo a seara de ninguém, mas estaremos salvando vidas. Salvar vidas, esta é que é a discussão nossa, neste momento. Agora, quem vai salvar essa vida? Quem estiver mais perto. Quem está mais perto num município longínquo no País. Vai estar lá a juíza ou juiz de plantão? Meus parabéns. Se não tiver, pode ser o delegado ou delegada. É preciso afastar o corporativismo e trabalharmos com bom senso”, destacou ao lembrar que em Goiás  vários municípios não tem comarca.
“Da maneira como as coisas estão caminhando este Brasil, o Estado brasileiro vai ser sequestrado pelas corporações. É inaceitável isso”, concluiu. 

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