Saúde

Diabéticos podem se deliciar com o sabor do doce, conheça opções

De acordo com o International Diabetes Federation (IDF), uma em cada 10 pessoas no mundo convive com a doença crônica que ocorre quando o pâncreas não consegue mais produzir insulina ou o corpo não consegue fazer bom uso desse hormônio. Além de problemas sérios para a saúde, pessoas portadoras de diabetes, sofrem grande impacto na sua rotina alimentar, uma vez que é preciso controlar a ingestão de açúcar. Eliminar doces e carboidratos estão entre as indicações mais importantes. A boa notícia é que a indústria alimentícia já apresenta uma infinidade de produtos para esse público, que ao contrário de alguns anos atrás, hoje, pode se dar ao luxo de aproveitar o paladar doce.

A nutricionista Carolina Nobre (CRN1:10.072),, que atende no Órion Complex, lista os adoçantes naturais como o xilitol, monk fruit e stévia, bastante usados pela indústria alimentícia especializada em produtos para diabéticos, que acabam permitindo que essas pessoas possam consumir produtos adoçados. “De forma geral, os adoçantes naturais são melhores que os adoçantes artificiais mas mesmo assim, o consumo exacerbado pode gerar efeitos negativos, por isso, é importante o acompanhamento com um nutricionista”, ressalta.

Carolina explica que existem hoje vários tipos de açúcar no mercado que diferem entre si basicamente pelo nível de processamento ou tipo de matéria prima. O açúcar refinado, por exemplo, é o mais processado de todos e por isso o menos indicado para qualquer pessoa, independente se for diagnosticado com diabetes ou não.  Há outras opções como o açúcar mascavo, o açúcar de coco e o açúcar demerara que em comparação ao refinado apresenta mais nutrientes, como algumas vitaminas e minerais, que os tornam menos piores. “Porém, é importante ressaltar que todos eles são açúcares e que são metabolizados no nosso organismo basicamente da mesma forma. O ideal é adaptar o paladar para necessitar adoçar os alimentos cada vez menos”, pontua.

Carolina explica que é a alimentação é o ponto central de tudo. “É muito importante entender os carboidratos pois nem todos são iguais e podem afetar de forma distinta as respostas hormonais e metabólicas. O cardápio deve ser equilibrado, priorizando os alimentos ricos em fibras, frutas mais azedas e de baixa carga glicêmica como o morango, o abacate, amora evitando-se sempre consumir as frutas muito maduras pois quanto mais maduras, mais doces”.

Outro alerta da nutricionista está relacionado aos termos diet e light. O primeiro se refere a alimentos que suprimem um ingrediente que pode ser açúcar, sal ou gordura. Já o segundo, são alimentos reduzidos em 25% em suas calorias totais. “É importante ressaltar que nem todo produto diet é saudável pois podem ter muitas calorias e normalmente são adoçados com adoçantes artificiais como sucralose, aspartame e ciclamato que possuem a capacidade de alterar a microbiota intestinal induzindo a intolerância à glicose”.

De acordo com ela é importante desconfiar também do termo “sem açúcar” pois o açúcar pode receber na indústria diversas nomenclaturas como xarope de glicose, xarope de milho, sacarose, açúcar invertido, maltodextrina. Por isso é importante que no momento da compra o consumidor sempre leia o rótulo dos produtos e a lista de ingredientes . “Hoje no mercado já há geleias adoçadas com adoçantes naturais, frutas desidratadas, misturas para bolos e brownies feitas com farinhas de baixo índice glicêmico como a farinha de castanhas e farinha de amêndoas, que dão mais variedade ao cardápio do diabético”.

Conheça a diabetes

Existem três tipos da doença, o diabetes tipo 1, que pode se desenvolver em qualquer idade, mas ocorre com mais frequência em crianças e adolescentes. Acontece quando o corpo produz muito pouca ou nenhuma insulina,  e é preciso repor.  O diabetes tipo 2 é mais comum em adultos e é responsável por cerca de 90% de todos os casos de diabetes. Acontece quando o corpo não faz bom uso da insulina que produz e está diretamente ligado ao estilo de vida. E por fim, o diabetes gestacional (DMG) que consiste em níveis elevados de glicose no sangue durante a gravidez e está associado a complicações para a mãe e filho.

De acordo com o IDF, o Brasil é o quarto País no ranking, com 12,5 milhões (7%) de brasileiros afetados, segundo o Ministério da Saúde. Dados da Sociedade Brasileira de Diabetes contabilizam mais de 13 milhões de pessoas vivendo com diabetes e esse número tende a aumentar.  O mais contraditório é que cerca de 80% dos casos, especificamente de diabetes tipo 2, podem ser prevenidos pela adoção de um estilo de vida saudável

Para aproveitar

A nutricionista elaborou uma receita de sorvete para quem precisa seguir uma dieta restrita em açúcar. Confira:

SORVETE MOUSSE DE CHOCOLATE

INGREDIENTES

  • 4 ovos orgânicos
  • 4 gemas (orgânicas)
  • 6 gotas de baunilha (extrato)
  • 100 g de xilitol
  • 1 colher de café de suco de limão • 100 g de manteiga orgânica
  • 100 g de óleo de coco
  • 50 g de lótus de coco
  • Cacau em pó
  • 1/3 xícara de água

MODO DE PREPARO 

Liquidificar tudo e congelar por 2 horas. Caso você tenha uma máquina de sorvete pode utilizar, mas não é necessário. Retirar da geladeira 3 minutos antes de servir.

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