Atualizado todos os meses, com base nos dados em campo da produção de grãos em todo o País, o Levantamento de Grãos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima o aumento da taxa de crescimento da safra goiana 2019/2020, segundo a última atualização – a penúltima desta safra – divulgada nesta terça-feira, 11 de agosto. A expectativa divulgada em julho previa taxa de crescimento estimada em 8,4% frente à safra 2018/2019 e agora, na atualização de agosto, a estimativa é de que a safra goiana apresente crescimento de 10,3% em relação à última safra. No total, a expectativa é de que o Estado colha 27,18 milhões de toneladas de grãos, mantendo-se como terceiro maior produtor nacional.
A produção de grãos goiana representa 10,7% do total produzido no País. No Estado, na safra 2019/2020, a área plantada também registrou crescimento e deve atingir 6,08 milhões de hectares (aumento de 7,3% em relação à safra passada), além de maior produtividade: 4.471 quilos por hectare (aumento de 2,8%).
Os maiores destaques, em Goiás, ficam por conta das culturas de soja, milho, feijão, girassol e sorgo, que registraram crescimento da expectativa de produção. A soja, cuja colheita já foi encerrada no Estado, deve contabilizar produção de 12,46 milhões de toneladas (aumento de 9% em relação à safra passada). Já o milho tem produção estimada em 12,82 milhões de toneladas (aumento de 11,6% em relação a 2018/2019). O feijão, incluindo 1ª, 2ª e 3ª safra, deve contabilizar produção total de 328,7 mil toneladas (aumento de 8% ante a safra 2018/2019) e o girassol deve alcançar produção de 42,8 mil toneladas (aumento de 14,7%). O sorgo, do qual o Goiás é o maior produtor, deve ter produção de 1,21 milhão de toneladas (22,6% a mais que a última safra).
Também constam no Levantamento da Conab outras culturas com boa produção em Goiás, que tiveram menor produção em relação à safra devido à diminuição da área plantada, considerando que a produtividade registrou crescimento. É o caso do arroz, cuja produção deve ser de 112,1 mil toneladas (recuo de 0,4% em relação à safra anterior) e produtividade média de 4.962 quilos por hectare (aumento de 0,4% em relação à safra passada); e do caroço de algodão, com expectativa de produção de 100,1 mil toneladas (4,9% a menos que 2018/2019) e produtividade de 2.600 quilos por hectare (aumento de 4,6% em relação à safra passada).
Conforme avalia o secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Antônio Carlos de Souza Lima Neto, os números cada vez mais promissores do Estado, sobretudo com relação a previsão de aumento da taxa de crescimento, revelam bom desempenho do setor e uma expectativa em relação à comercialização dessas commodities. “É um recorde que contribui para melhorar o posicionamento do Estado e favorecer a destinação tanto para a industrialização quanto para nossas exportações. É marcante que isso contribui para o crescimento do Estado. O governador Ronaldo Caiado tem dado bastante atenção para o agro, que é base para grande parte do setor industrial e para nossa balança comercial. Isso vai ser convertido em mais renda e mais emprego. É uma mola que propulsiona a economia como um todo”, avalia.
IBGE
Também foi divulgado nesta terça-feira, 11 de agosto, o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (LSPA/IBGE). Além da expectativa de crescimento das produções de cana-de-açúcar e uva, que têm se mantido positivas nos últimos levantamentos, com crescimento ante à safra de 2019 de 1,6% (76,85 milhões de toneladas) e 19,7% (1.983 toneladas), respectivamente, algumas outras culturas têm mostrado boa produção no Estado. É o caso da mandioca, com produção de 168.636 toneladas; do café arábica, com produção de 19.083 toneladas; da banana, com 204.359 toneladas; da laranja, com 138.668 toneladas; e do tomate, com 1,13 milhão de toneladas.