O preço pago pelo litro do produto terá um aumento de 3,96% a partir de janeiro. A notícia foi anunciada pela Complem que divulgou o estudo do Instituto Mauro Borges de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos da Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que atua na mensuração do Índice de Preços da Cesta de Derivados Lácteos, definida pela Câmara Técnica e de Conciliação da Cadeia Láctea de Goiás, da qual a Complem faz parte.
Esse índice funcionará como um sinalizador para a negociação do preço do leite, garantindo maior tranquilidade aos produtores. O indicador foi criado pela recém-formada Câmara Técnica de Conciliação da Cadeira Láctea de Goiás, que conta com representantes do Instituto Mauro Borges, IMB, da Federação da Agricultura e Pecuária, FAEG e do Sindicato das Indústrias e Laticínios do Estado, Sindileite. A Câmara foicriada para intermediar as negociações referentes à cadeia produtiva do leite entre aspartes envolvidas. “A participação da Complem foi fundamental, sendo a Complem a única cooperativa a participar de todo esse processo,” disse Sérgio Penido, presidente do Conselho de Administração.
A pesquisa que definiu o reajuste no valor do litro do leite para o próximo mês levou em conta o valor da cesta de derivados lácteos nos últimos dois meses (novembro e dezembro). No mês de dezembro, a indústria de laticínios do estado de Goiás teve um ganho médio na comercialização da sua cesta de derivados lácteos. A variação positiva foi resultado de aumentos em quase todos os derivados da cesta. O preço médio do leite UHT, por exemplo, subiu 3,45%, comparado com o preço médio de novembro, o leite em pó subiu 6,16%, o queijo muçarela, 4,97% e o creme de leite a granel, 3,08%. A única variação negativa foi observada no preço do leite condensado que caiu 1,23%, entretanto, é importante salientar que essa variação corresponde aos meses de outubro e
novembro.
Com base nessas variações individuais, o Índice da Cesta de Derivados Lácteosteve uma variação total ponderada de 3,96%, indicando, portanto, uma tendência de altano preço do leite para o próximo mês (janeiro de 2020). “É importante salientar que esse índice vai trazer mais estabilidade, transparência e tranquilidade tanto para a indústria quanto para o produtor. Mesmo que a Complem não tenha todos os itens mencionados na cesta acima, vai acompanhar a variação dos preços apresentados pelo estudo do Instituto Mauro Borges que será realizado todo mês. Esse modelo, com certeza, gera confiança em toda a cadeia láctea do estado de Goiás,” garantiu Leonardo Daniel de Souza, diretor de produção da Complem.