Em Aparecida de Goiânia, todo material reciclável recolhido pelas equipes da Coleta Seletiva é destinado à duas cooperativas apoiadas pela administração municipal. O que antes era descartado irregularmente e, às vezes, considerado como lixo, agora, garante emprego e renda para 40 famílias.
A Coleta Seletiva, que é realizada pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano (SDU), recolhe papelão, plástico, metal, isopor e vidro diariamente em diversas regiões da cidade. O material, que antes de ser recolhido é separado pela população, é pesado no aterro sanitário e em seguida encaminhado às cooperativas.
O sucesso da Coleta Seletiva depende da conscientização e adesão da população. Para isso, o morador precisa apenas separar o material reciclável e colocar na calçada no dia em que o caminhão passa. Nos últimos anos, segundo a SDU, a quantidade de material recolhido tem aumentado graças a compressão e sensibilidade dos aparecidenses.
“Hoje, a Coleta Seletiva, que é feita porta a porta, atende 96 bairros na cidade. Fazemos esse trabalho com auxílio de cinco caminhões durante o dia de segunda a sexta-feira e recolhemos cerca de 100 toneladas por mês”, explica o diretor de resíduos sólidos da SDU, Sávio Calaça, sobre a logística empregada no trabalho.
Em Aparecida, a Coleta Seletiva foi implantada em 2012 em cumprimento a Lei Federal de Resíduos Sólidos que determina a extinção dos lixões. “Com a construção do aterro sanitário, as famílias que recolhiam material reciclável no lixão foram cadastradas em duas cooperativas e atualmente trabalham em galpões construídos pela prefeitura onde recebem auxílio com alimentação e transporte”, completa o diretor.
O sinal sonoro emitido pelos caminhões da Coleta Seletiva indica que está na hora de contribuir com a preservação do meio ambiente, evitando descarte irregular de plástico, vidro, metal e outros e ainda ajudar dezenas de famílias que sobrevivem da reciclagem.
“Acho muito importante [a coleta]. Durante a semana, nós vemos a quantidade de material que é reaproveitável. Quando escutamos o barulho do caminhão da coleta nós já saímos para colocar nosso ‘lixo’. Fazemos a separação de plástico, papelão e todo material que entendemos ser reciclável”, disse o policial militar e morador do Setor Village Garavelo, Cléber Alves Ribeiro na manhã desta segunda-feira, 26.
Logo que recebem o material recolhido, as cooperativas fazem uma minuciosa triagem, separando por tipo, cor e outras características tudo aquilo que será reciclado. Em seguida, é feita a prensagem em grandes volumes e depois o material é encaminhado às empresas que compram das cooperativas.
“O faturamento é igual para todos os cooperados, rateamos em partes iguais. Cada um recebe ao final do mês conforme sua produção: produziu tem, não produziu não tem. Precisamos que a população continue nos ajudando, separando o material e colocando para ser recolhido pelos caminhões. Sem essa ajuda o material não chega aqui [ ao galpão]”, aponta o presidente da Cooperativa de Catadores de Lixo de Aparecida (COOCAP), Francisco Juarez da Silva.
Atualmente, duas cooperativas de catadores no município recebem auxílio da prefeitura: a Cooperativa de Catadores de Lixo de Aparecida (COOCAP) e a Cooperativa de Trabalho de Recicláveis Feminina de Aparecida (COORFAP). O programa de Coleta Seletiva possui parcerias com ONGs e empresas que desenvolvem projetos sociais. As parcerias possibilitam também palestras educativas para os cooperados, aquisição de folders para mobilizar a população e obtenção de uniformes.