Ao “passar o bastão”, Rogério Troncoso praticamente assume publicamente que o seu vice prefeito, Tércio Menezes, apesar de excelente profissional da saúde, não desenvolveu nenhum trabalho em favor do interesse público e se manteve (a maioria do tempo pessoal e profissional) fechado e restrito ao consultório particular – atendendo uma parcela da população que dispõe de planos de saúde e pode pagar particular.
Do outro lado da ponta, por ironia ou, talvez, falta de reconhecimento de Rogério Troncoso, o agropecuarista André Luiz Dias Matos, secretariou a saúde pública do município, enfrentando interesses privados – de médicos e clínicas de exames – sem deixar, em tese, faltar o básico ao atendimento ao cidadão.
Ao “passar o bastão”, Troncoso estaria dizendo, “- chegou a hora, Tércio, de você trabalhar um pouquinho para o município”? Já que durante sete anos e seis meses, apesar do alto salário de vice prefeito, o, até então ofuscado e apagado pré-candidato, ficou ausente dos problemas administrativos do município: não participou de inaugurações, não acompanhou obras e decisões, ao menos suportou as reclamações cotidianas da população pela melhoria da qualidade de vida.
Mesmo ausente da vida política e administrativa, Troncoso, que não deu muita bola ou espaço para o vice-prefeito na gestão, aposta na sequência de doze anos de mandato, dando sinais concretos de definição de seu pré-candidato e sucessor.
Difícil vai ser colar o trabalho de Troncoso, ao de Tércio: pois, nos dois mandatos, a figura de vice prefeito Tércio Menezes pareceu a estátua do Cristo Redentor: de braços abertos, sempre à espera de uma oportunidade.
