O senador Ronaldo Caiado (Democratas-GO) foi recebido e aclamado pela população que foi à Avenida Paulista neste domingo (04/12) manifestar apoio no combate à corrupção.
Ao lado de sua família, o democrata recebeu aplausos, tirou selfies e ouviu seu nome gritado diversas vezes por populares que apoiam a Operação Lava Jato e o projeto original das 10 Medidas Contra a Corrupção. Para ele, o sentimento de mobilização nacional continua o mesmo de antes do impeachment.
“Conceitualmente a pauta continua a mesma: o combate à corrupção e a busca por uma boa gestão para recuperar o emprego no país. É lógico que nesse momento, com a ideia que prevalece de que a Lava Jato corre qualquer risco, as pessoas estão reagindo. O Congresso precisa ter a humildade de entender que não é hora para queda de braço entre poderes, mas de ter responsabilidade para cumprir a pauta de quem fez o impeachment, que foi a população brasileira”, defendeu Caiado.
O senador também afirmou que não vê a menor possibilidade do projeto de lei que trata do abuso de autoridade (PLS 280/2016) ser votado no Senado nesta terça (06/12). De acordo com Caiado, com a atual rejeição popular à emenda aplicada no pacote das 10 Medidas de conteúdo similar, o Senado não pode entrar em um processo de “enfrentamento” com a opinião pública.
“Não vejo a menor condição de ver esse projeto sendo votado na terça com a população com os nervos à flor da pele. Devo apresentar um requerimento de retirada de pauta reforçando à sociedade que esse tema, assim como as 10 Medidas, vai ser discutido em momento oportuno. Não podemos estimular ainda mais uma ruptura entre os poderes comprometendo a governabilidade de um governo já frágil, levando a um futuro extremamente sombrio em que o Congresso fique excluído da interlocução com a população”, comentou.
Reforma da Previdência
O senador Ronaldo Caiado lembrou que o texto da Reforma da Previdência já está pronto e deve chegar ao Congresso esta semana. Para ele, o parlamento precisa se preparar para discutir com a sociedade esta tema de tamanha importância e complexidade. “Como é que o Senado, no momento em que recebe a proposta de reforma previdenciária, quer priorizar o abuso de autoridade, matéria que já tramita nesta Casa há seis anos?