Importante parceiro comercial brasileiro, a Bolívia compartilha o maior pedaço fronteiriço com o Brasil na comparação com outros países da América do Sul. Com 3,4 mil quilômetros de extensão, o país vizinho se tornou um aliado em várias áreas estratégicas, em especial a energética.
Nesta terça-feira (5), o presidente da Bolívia, Evo Morales, desembarcou em Brasília para se reunir com o presidente da República, Michel Temer, e outras autoridades para estreitar as relações bilaterais entre os dois países.
Em comparação com outros países, mesmo os da América do Sul, a relação com a Bolívia pode parecer pouco expressiva no âmbito numérico, já que o saldo comercial entre os dois países é de US$ 206,4 milhões – para se ter ideia, apenas com a Argentina as trocas comerciais somaram US$ 7,4 bilhões neste ano.
Combustível
Vem da importação do gás natural boliviano o principal acordo comercial entre os dois países. A parceria nessa área é antiga: começou em 1958 e, desde então, assumiu enorme importância para os ambos.
De janeiro a outubro, o Brasil comprou US$ 1,1 bilhão em gás vindo da Bolívia, o que representa 96% de todos os produtos com origem no país vizinho. Ao mesmo tempo, foram exportados US$ 1,36 bilhão em produtos brasileiros para a Bolívia.
Entre acordos para desenvolver essa parceria no campo energético por meio da construção de gasodutos, Brasil e Bolívia também têm desenvolvido importantes relações na integração de suas fronteiras. Esse trabalho é importante para desenvolver social e economicamente as regiões de fronteira, assim como combater crimes e ilícitos.
Fonte: Planalto